O artigo ensina como um desenvolvedor pode fazer uso das bibliotecas do Android para trabalhar com sensores. Ao longo do texto, o leitor é apresentado a alguns dos principais conceitos, além de ir produzindo passo a passo um aplicativo que lê e trata as informações de dois sensores distintos: proximidade e luz.
Em que situação o tema útil:
O tema é extremamente útil para qualquer desenvolver Android, seja ele de nível iniciante ou avançado. Como detalhado no texto, o uso deste tipo de hardware está se tornando uma tendência mundial, sendo imprescindível que um bom profissional conheça a Android API e suas classes para tratamento de sensores.
Resumo DevMan
A biblioteca de classes do Android nos fornece um conjunto rico de possibilidades, facilitando o trabalho do desenvolvedor e aumentando exponencialmente suas possibilidades. Para a utilização de sensores não poderia ser diferente. O pacote hardware e suas classes permitem que uma das áreas mais promissoras da tecnologia da informação seja totalmente explorada em um aplicativo Android. Com isso, teremos aplicativos mais sofisticados e que atendam as necessidades não só do usuário, mas como do ambiente que o cerca.
Autores: Ricardo Ogliari e Robison Cris Brito
Uma tendência muito forte que vem trazendo novas possibilidades ao mundo da tecnologia é a computação sensível ao contexto e sensível a localização. Além disso, outro fenômeno chamado convergência digital também está varrendo as mentes de todos profissionais de TI. Ambas estão intimamente ligadas graças a uma palavra: sensores.
O uso de sensores tem possibilitado aplicativos simplesmente sensacionais, tecnologias que vem proporcionando avanços incríveis no uso da computação. Um exemplo pode ser a indústria automotiva. Sensores já permitem que carros estacionem sozinhos, que limpadores de parabrisa sejam acionados automaticamente quando um pingo d’água atinge o vidro, informações essenciais do funcionamento do motor, dos pneus e de uma diversidade de sistemas eletrônicos são enviados ao computador de bordo do automóvel. E assim poderíamos ficar falando durante este artigo inteiro.
A telemedicina também já nos apresenta alguns casos bem interessantes do uso de sensores, além disso, o futuro aponta para tecnologias realmente intrigantes nos próximos anos. Sensores já estão sendo usados para monitorar frequência cardíaca, ondas cerebrais, atividades musculares e muito mais. Além disso, a maioria destes dados vitais pode ser vista de qualquer telefone celular ou smartphone.
A idéia é que nos próximos anos o uso de sensores sofrerá um aumento considerável, ao ponto de estar presente na quase totalidade dos aparelhos eletrônicos que possuímos hoje. A internet das coisas (ler Nota DevMan 1) dará as caras, mudando totalmente o modo de vida de milhões de pessoas, tornando a computação ubíqua mais viva do que nunca (ler Nota DevMan 2).
A Internet das
coisas (inglês: Internet of Things) é, em certa medida, fruto do trabalho
desenvolvido pelo MIT Auto-ID Laboratory, recorrendo ao uso do RFID e Wireless
Sensor Networks. O objetivo foi, desde o início, criar um sistema global de
registro de bens usando a single numbering system chamado Electronic Product
Code. A Internet das coisas é uma revolução tecnológica que representa o futuro
da computação e da comunicação e cujo desenvolvimento depende da inovação
técnica dinâmica em campos tão importantes como os sensores wireless e a
nanotecnologia. Primeiro, para ligar os objetos e
aparelhos do dia-a-dia a grandes bases de dados e redes e à Internet, é
necessário um sistema eficiente de identificação. Só desta forma se torna
possível registrar os dados sobre cada uma das coisas. A identificação por
rádio frequência RFID oferece esta funcionalidade. Segundo, o registro de dados se beneficiará
da capacidade de detectar mudanças na qualidade física das coisas usando as
tecnologias sensoriais. A inteligência própria de cada objeto aumenta o poder
da rede de devolver a informação processada para diferentes pontos. Finalmente, os avanços ao nível
da miniaturização e da nanotecnologia significam que cada vez objetos menores terão
a capacidade de interagir e se conectar. A combinação destes desenvolvimentos
criará uma Internet das Coisas (Internet of Things) que liga os objetos do
mundo de um modo sensorial e inteligente.
A Computação
ubíqua tem como objetivo tornar a interação pessoa-máquina invisível, ou seja,
integrar a informática com as ações e comportamentos naturais das pessoas. Não
invisível como se não pudesse ver, mas, sim de uma forma que as pessoas nem
percebam que estão dando comandos a um computador. Além disso, os computadores
teriam sistemas inteligentes que estariam conectados ou procurando conexão o
tempo todo, dessa forma tornando-se onipresente.