Artigo no estilo: Curso

De que se trata o artigo?

É sempre muito importante conhecer as características e funcionalidades de vários, pois em muitos casos a escolha de qual o SGBD ideal a ser usado se torna fator crucial no desenvolvimento de um projeto ou implementação de solução para a empresa em que trabalhamos ou prestamos consultoria. Neste contexto, este artigo apresentará uma introdução ao SGBD da empresa Sybase, o Sybase Adaptive Server em sua versão Enterprise. Apresentaremos uma definição do que é o Sybase Adaptive Server Enterprise, suas versões e algumas de suas funcionalidades.


Em que situação o tema é útil?

Nos momentos em que um projeto está sendo desenvolvido ou uma solução está sendo implementada, tomar a decisão de qual Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados utilizar se torna uma atividade bastante difícil, principalmente quando sabemos que existem vários SGBDs mas não possuímos o conhecimento necessário de cada um deles para tomar a decisão.

Resumo DevMan

Este artigo apresenta uma visão geral do Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados Sybase Adaptive Server Enterprise. Será apresentado um pouco de sua história recente, principais características e funcionalidades. Funcionalidades como In-Memory Databases, Archive Databases, Mirrored Devices, Named Caches, Resouce Manager fazem do Sybase ASE, um SGBD bastante poderoso que concorre de igual para igual com os SGBDs mais renomados do mercado. Apresentaremos ainda, de forma passo-a-passo, como instalar este poderoso SGBD.

No mais recente movimento da dança das cadeiras dos SGBDs (Sistemas Gerenciadores de Bancos de Dados – ver Nota DevMan 1), a SAP comprou a Sybase por 5.8 bilhões de dólares – estranhamente, cerca de 65% a mais do que o valor de mercado da Sybase.

Nota DevMan 1. SGBD

Um Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (SGBD) - do inglês DBMS (Data Base Management System) - é o conjunto de programas de computador (softwares) responsáveis pelo gerenciamento de uma base de dados. Seu principal objetivo é retirar da aplicação cliente a responsabilidade de gerenciar o acesso, manipulação e organização dos dados.

O SGBD disponibiliza uma interface para que seus clientes possam incluir, alterar ou consultar dados previamente armazenados. Em bancos de dados relacionais, a interface é constituída pelas APIs (Application Programming Interface) ou drivers do SGBD, que executam comandos na linguagem SQL (Structured Query Language).

O que significou este movimento? A aquisição do MySQL pela Oracle (através da compra da Sun) só podia ter duas finalidades: matar o produto, ou utilizá-lo para atingir um concorrente, e é a segunda opção que prevalece até o momento. Já a compra da Sybase é mais complexa, pois não se trata simplesmente de um SGBD comprando outro.

Segundo a SAP, esta aquisição foi para integrar melhor seus aplicativos a dispositivos móveis, já que a Sybase é a líder em bancos de dados distribuídos. Pessoalmente eu acho este motivo muito fraco para tanto dinheiro, pois esta integração poderia ocorrer sem a necessidade de comprar a empresa toda (ou pelo menos comprar uma empresa mais barata).

Uma hipótese diferente que considero é que a SAP apenas comprou a Sybase antes que a Oracle a compre também, e ganhe mais uma fatia do mercado. Esta é uma pequena, mas muito desejada fatia, fortemente baseada em instituições financeiras, clientes que a SAP não gostaria de perder para o Oracle Applications.

Ouvi de algumas pessoas da área de que a intenção da SAP é fazer com que futuras versões de seu produto principal, o SAP ERP (ver Nota DevMan 2), funcionem apenas em Sybase, atingindo assim milhares de clientes da Oracle (cerca de US$ 1 bilhão de licenças do Oracle Database são revendidas pela SAP para uso com seu ERP). Eu duvido desta teoria, pois a SAP, além de não ter um histórico de executar ações contra o consumidor (tirando seu direito de escolha), já tinha um SGBD próprio, o MaxDB.

O MaxDB é um fork do MySQL, criado em meados dos anos 90, como uma alternativa de baixo custo para pequenas e médias empresas utilizarem o SAP ERP. Alguns podem se perguntar se o MaxDB apresenta uma solução robusta, mas os DBAs que conhecem o SAP ERP sabem que ele trata os SGBDs como meros repositórios de dados, quase sem utilizar nenhuma de suas funcionalidades avançadas. E mesmo se o MaxDB não fosse um bom SGBD, ele poderia ser melhorado com menos custo do que o que foi necessário para comprar a Sybase. Mas acredito que é muito viável que a SAP ofereça um desconto nas licenças do seu ERP se o cliente utilizar Sybase como SGBD, pois ela já faz isto com o DB2 hoje (obviamente para contra-atacar a Oracle).

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