Muitos desenvolvedores têm a dificuldade de saber qual resultado é retornado por cada join no SQL e, portanto, quando devem utilizar cada um. Para facilitar esse entendimento, a Figura 1 traz uma representação gráfica, baseada na Teoria dos Conjuntos, muito conhecida na matemática. Nessa imagem, temos a representação de duas tabelas (A e B) e o resultado esperado por cada tipo de join (a área em vermelho representa os registros retornados pela consulta).
Guia do artigo:
- Testes
- Inner Join
- Left Join
- Right Join
- Outer Join
- Left Excluding Join
- Right Excluding Join
- Outer Excluding Join
- Cursos de SQL
Nesse artigo analisaremos cada join individualmente, bom base em exemplos, e veremos seus resultados. Assim, podemos comparar seu funcionamento e decidir quando devemos usar cada um.
Saiba mais sobre: Cláusula JOIN no SQL
Preparando o ambiente de testes
Para demonstrar o funcionamento dos métodos de junção (joins), precisaremos criar duas tabelas entre as quais deve haver algum relacionamento para que possamos "cruzar" os dados. Como o objetivo aqui não é concentrar em boas práticas, modelagem ou normalização, criaremos apenas duas tabelas contendo uma coluna Nome, que será comum entre elas. O script da Listagem 1 cria essa estrutura.
CREATE TABLE TabelaA( Nome varchar(50) NULL ) GO CREATE TABLE TabelaB( Nome varchar(50) NULL )
Em seguida, precisaremos adicionar nas tabelas recém criadas alguns dados que nos permitam colocar à prova as junções. Sendo assim, vamos inserir, com o script da Listagem 2 alguns registros de forma que haja nomes que estão presentes apenas em uma tabela, e também nomes que sejam comuns às duas.
INSERT INTO TabelaA VALUES('Fernanda') INSERT INTO TabelaA VALUES('Josefa') INSERT INTO TabelaA VALUES('Luiz') INSERT INTO TabelaA VALUES('Fernando') INSERT INTO TabelaB VALUES('Carlos') INSERT INTO TabelaB VALUES('Manoel') INSERT INTO TabelaB VALUES('Luiz') INSERT INTO TabelaB VALUES('Fernando')
Saiba mais: Como criar bancos e tabelas no SQL Server
Inner Join
O Inner Join é o método de junção mais conhecido e, como ilustra a Figura 2, retorna os registros que são comuns às duas tabelas.
Na Listagem 3 temos um exemplo de consulta com esse tipo de join, e na Figura 3 podemos ver seu resultado.
SELECT a.Nome, b.Nome FROM TabelaA as A INNER JOIN TabelaB as B on a.Nome = b.Nome
Left Join
O Left Join, cujo funcinamento é ilustrao na Figura 4, tem como resultado todos os registros que estão na tabela A (mesmo que não estejam na tabela B) e os registros da tabela B que são comuns à tabela A.
Para compreender melhor seu uso, temos um exemplo na Listagem 4, cujo resultado é apresentado em seguida na Figura 5.
SELECT a.Nome, b.Nome FROM TabelaA as A LEFT JOIN TabelaB as B on a.Nome = b.Nome
Right Join
Usando o Right Join, conforme mostra a Figura 6, teremos como resultado todos os registros que estão na tabela B (mesmo que não estejam na tabela A) e os registros da tabela A que são comuns à tabela B.
Na Listagem 5 temos um exemplo desse tipo de consulta, e na Figura 7 vemos seu resultado.
SELECT a.Nome, b.Nome FROM TabelaA as A RIGHT JOIN TabelaB as B on a.Nome = b.Nome
Outer Join
O Outer Join (também conhecido por Full Outer Join ou Full Join), conforme mostra a Figura 8, tem como resultado todos os registros que estão na tabela A e todos os registros da tabela B.
Para obter esse resultado, devemos executar a consulta seguindo a estrutura que é demonstrada na Listagem 6, e cujo retorno é apresentado na Figura 9.
SELECT a.Nome, b.Nome FROM TabelaA as A FULL OUTER JOIN TabelaB as B on a.Nome = b.Nome
Nesse código, a palavra reservada OUTER é opcional. Portanto, se a removermos, deixando apenas a expressão FULL JOIN, o resultado será o mesmo.
Saiba mais: Como utilizar o Outer Join no Oracle
Left Excluding Join
Na Figura 10 temos a representação gráfica do Left Excluding Join, que retorna como resultado todos os registros que estão na tabela A e que não estejam na tabela B.
Os comandos desse join podem ser vistos na Listagem 7, e seu resultado é apresentado na Figura 11.
SELECT a.Nome, b.Nome FROM TabelaA as A LEFT JOIN TabelaB as B on a.Nome = b.Nome WHERE b.Nome is null
Right Excluding Join
O Right Excluding Join, como ilustra a Figura 12, retorna como resultado todos os registros que estão na tabela B e que não estejam na tabela A. Para vermos isso na prática, podemos executar os comandos da Listagem 8. Como resultado, teremos os mesmos registros apresentados na Figura 13.
SELECT a.Nome, b.Nome FROM TabelaA as A RIGHT JOIN TabelaB as B on a.Nome = b.Nome WHERE a.Nome is null
Outer Excluding Join
Usando o Outer Excluding Join, conforme mostra a Figura 14, teremos como resultado todos os registros que estão na tabela B, mas que não estejam na tabela A, e todos os registros que estão na tabela A, mas que não estejam na tabela B.
O código da Listagem 9 mostra a sintaxe necessária para executar esse tipo de consulta. Nesse caso o termo OUTER é optativo e, se removido, deixando apenas FULL JOIN, o resultado será o mesmo.
SELECT a.Nome, b.Nome FROM TabelaA as A FULL OUTER JOIN TabelaB as B on a.Nome = b.Nome WHERE a.Nome is null or b.Nome is null
O resultado dessa consulta pode ser visto na Figura 15.
As cláusulas JOIN na linguagem SQL são extremamente úteis e utilizadas com muita frequência, portanto, seu conhecimento é fundamental para quem trabalha com bancos de dados relacionais com o SQL Server, o MySQL, o Firebird, etc.
- Saiba mais sobre o uso de joins no Firebird.
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