Processo, qualidade e métricas de desenvolvimento de software: Processos fazem parte do nosso dia a dia e no desenvolvimento de software isto não é diferente. A qualidade de um produto de software está intimamente relacionada ao processo que o produziu e é guiada pelas métricas, que nos auxiliam a manter o que é desenvolvido sob controle. Este artigo fala sobre qualidade e métricas atreladas ao processo de desenvolvimento de software. Ele engloba aspectos históricos referentes à qualidade e faz uma breve imersão em processos de software abordando qualidade e métricas.

Em que situação o tema útil: Este artigo é uma boa fonte de consulta para aqueles que necessitam de uma base sobre a relação entre processo, qualidade e métricas que estão associados ao desenvolvimento de software.

Qualidade, termo subjetivo para o qual cada pessoa, ou setor, tem a sua própria definição. Embora o controle de qualidade e o uso de padrões seja algo que tem atraído atenção nas últimas décadas, este é um assunto muito antigo. Existem relatos de que há mais de quatro mil anos os egípcios estabeleceram um padrão para medida de comprimento: o cúbito. Esta medida correspondia ao comprimento do braço do faraó reinante. A troca de faraó significava que a medida deveria ser atualizada. Todas as construções deveriam ser realizadas utilizando o cúbito como unidade de medida. Para isso, eram empregados bastões no comprimento certo e periodicamente – a cada lua cheia – o responsável pela construção deveria comparar o padrão que estava sendo utilizado com o padrão real. Se isso não fosse feito e houvesse erro de medição, o responsável poderia ser punido com a morte. O resultado da preocupação com o rigor é evidente na construção das pirâmides, em que os egípcios alcançaram precisão inimaginável para a época.

Além dos egípcios, existem outros inúmeros exemplos na história da qualidade, tais como: os grandes templos construídos na Grécia e Roma antigas, os feitos de navegação no século XVI, as catedrais medievais, entre outros. Em todas essas realizações, não se dispunha de instrumentos de precisão ou técnicas sofisticadas. Na França, por exemplo, os construtores de catedrais utilizavam simples compassos e cordas com nós a intervalos regulares para desenhar e construir edifícios.

Olhando mais à frente, temos como grande marco a revolução industrial. Durante essa época, a criação de milhares de empresas levou rapidamente à concorrência entre elas, que por sua vez, desencadeou um processo de melhoria contínua que perdura até hoje. O aumento da eficiência tornou-se uma condição imprescindível para garantir a sobrevivência, haja vista a extinção de centenas de fábricas de automóveis nos Estados Unidos, que no início do século XX contava com aproximadamente 1800 delas. Em 1924, o matemático Walter Shewhart introduziu o controle estatístico da qualidade e na década de 1940 surgiram vários organismos ligados à qualidade; por exemplo, a ASQC (American Society for Quality Control), a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e, ainda, a ISO (International Standardization Organization). A Segunda Guerra Mundial também contribuiu com o processo, quando as técnicas de manufatura foram aprimoradas para fabricação de material bélico.

No pós-guerra, o impulso recebido pelas indústrias se manteve. Os computadores digitais já estavam em uso nessa época, embora estivessem restritos a meios militares e acadêmicos. Alguns anos mais tarde, quando as máquinas se tornaram mais acessíveis e um maior número de pessoas as utilizava, a qualidade dos softwares desenvolvidos começou a se mostrar um assunto cada vez mais importante.

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