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Ferramenta ERWin, uma ferramenta CASE para modelagem de dados

 

A ERWin é uma poderosa ferramenta que simplifica a modelagem, criação e manutenção de bases de dados, data warehouses e modelos de dados empresariais. Essa ferramenta não apenas permite que o usuário defina as necessidades e regras corporativas na forma de um modelo de dados lógico, mas também as converta em seu equivalente físico para um dos bancos de dados suportados. Esta ferramenta é utilizada no mercado para modelagem de dados relacionais e/ou dimensionais. A modelagem dimensional é o nome de uma técnica de projeto lógico normalmente usado para data warehouses.

A ERWin permite, ainda, a construção de modelos lógicos (Logical), modelos físicos (Physical) e modelos lógicos e físicos (Logical/Physical). O modelo lógico permite representar fielmente o negócio, e não necessariamente a base de dados desejada, a qual será construída posteriormente por ocasião do projeto físico. Já o modelo físico oferece funcionalidades para implementação em um SGBD específico.

Este artigo apresentará a ferramenta CASE ERWin e, para a construção de um estudo de caso com esta ferramenta, foi utilizada uma versão de avaliação da mesma (ver endereço de download na seção Links).  

 

Estudo de Caso

Um modelo de dados de uma empresa de vídeo-locadora será proposto com o objetivo de demonstrar as principais funcionalidades da ferramenta ERWin.

Desta forma, deseja-se construir um sistema de controle de locadora no qual devem ser cadastrados os filmes disponíveis. Filmes devem ter um código identificador, nome do título, gênero, categoria e suas respectivas cópias. Cópias devem ter também um código identificador, tipo de áudio (legendado, dublado ou ambos), data da compra e custo da cópia (valor de compra da cópia do filme).

O cadastro de clientes deve ter uma identificação única, nome, endereço completo, telefone celular e residencial, CPF e e-mail. Além desses dados, podem ser cadastrados dependentes, caso o cliente os tenha, contendo um código identificador e o nome do mesmo.

 Os clientes e os dependentes devem poder realizar empréstimos de cópias de filmes na locadora. Esses clientes poderão levar um filme ou vários ao mesmo tempo. O empréstimo deverá conter uma identificação do cliente, hora da retirada, data da retirada, data prevista da devolução e a identificação das cópias que estão sendo alugadas.

A Figura 1 apresenta a interface gráfica inicial da ferramenta ERWin contendo os principais

recursos de interação com o usuário.

 

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Figura 1. Interface inicial do ERWin.

 

Como próximo passo, será necessário criar o modelo através do comando File / New. Na opção New Model Type, poderá ser selecionado o tipo de modelo a ser criado. Existem três modelos a escolher. O primeiro é o modelo lógico (Logical), o segundo é o modelo físico (Physical) e o terceiro é o modelo lógico e físico (Logical/Physical).

Na mesma janela, através do botão Browse File System, poderá ser selecionado um template ou um modelo pré-existente, sendo possível abrir modelos já criados. Se optar pelo modelo físico ou lógico/físico, será visualizado o Target Database, no qual será selecionado o tipo de SGBD e a sua versão. Nesta situação, os scripts serão criados com as particularidades de cada SGBD escolhido.

Neste estudo de caso, será criado um modelo lógico para poder representar o negócio independente da base de dados desejada. Para isso, basta selecionar a opção Logical e pressionar o botão OK.

Após a criação do modelo em branco, é importante definir o tipo de notação a ser usada. Como padrão, neste tipo de modelo de dados, é utilizada a IE (Information Engineering), conhecida como "pé-de-galinha". Para escolher outra notação, basta selecionar a opção Model / Model Properties, como mostra a Figura 2. Na aba “General” são definidas informações sobre o modelo, como nome, autor e tipo. Na aba “Definition” é permitido digitar uma definição para o modelo que deve ajudar no seu entendimento. Na aba “Defaults” são definidos os valores default para tipos de dados e, na aba “RI Defaults”, são definidos os valores default para integridade referencial. Na aba “UDP” podem-se definir propriedades e seus respectivos valores. Na aba “History Options” são selecionadas preferências sobre o histórico do modelo enquanto na aba “History” pode-se visualizar os dados históricos do modelo.

 

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Figura 2. Definição da notação a ser usada.

 

Modelagem de dados do sistema

A notação de modelagem de dados utilizada por padrão na ERWin é a IE (Information Engineering – Engenharia da Informação), que será apresentada a seguir. Na Figura 3 é representado um relacionamento 1 para 1, onde a chave estrangeira pode ser mapeada para qualquer entidade envolvida. A Figura 4 apresenta um relacionamento 1 para N, onde a chave primária do lado 1 será representada no lado N como chave estrangeira não pertencente à chave primária. Na Figura 5 é representado um relacionamento 1 para N, que é mapeado de forma que a chave primária do lado 1 seja representada do lado N como chave estrangeira fazendo parte da chave primária, caracterizando uma entidade fraca. Na Figura 6 é representado um relacionamento N para N onde normalmente gera-se uma nova tabela no modelo físico.

 

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Figura 3. Relacionamento 1 para 1.

 

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Figura 4. Relacionamento 1 para N com entidades fortes

 

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Figura 5. Relacionamento 1 para N (onde a Entidade 2 é uma entidade fraca).

 

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Figura 6. Relacionamento N para N.

 

A próxima etapa será a de desenhar as entidades e seus relacionamentos. Através da barra de ferramentas podem-se desenhar as entidades do sistema e seus relacionamentos. A Tabela 1 descreve cada uma destas opções.

 

Tabela 1. Botões da barra de ferramentas.

Botão

Descrição

Entidade (Entity) -           

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Criação de uma entidade.

 

Subcategoria                      

Imagem (Exclusive Sub-Category)

 

 

Uma subcategoria relaciona diversas entidades que definem uma categoria no modelo.

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