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De que se trata o artigo

Este artigo trata da definição de conceitos e utilização do ASM – Automatic Storage Management, ferramenta da Oracle para gerenciamento do armazenamento de dados.


Para que serve

Auxiliar os DBAs nas tarefas do dia-a-dia referentes a alocação e gerenciamento de espaço para o crescimento dos bancos de dados.


Em que situação o tema é útil

Em ambientes Single Instance ou Real Application Cluster o ASM se mostra muito útil para centralizar o armazenamento e administração de espaços, facilitando bastante as tarefas rotineiras do DBA.

Durante muito tempo a tarefa de gerenciamento do armazenamento era algo que consumia um tempo elevado do dia do DBA. Interações com o Administrador do Sistema eram essenciais para que os dispositivos de armazenamento estivessem sempre disponíveis para que o DBA pudesse alocar o espaço necessário para o crescimento do banco de dados.

Até que seria bastante tranquilo se a tarefa do DBA se resumisse apenas a isso, alocar espaço para as tablespaces e deixar o banco de dados crescer, mas a vida de um DBA não é tão simples assim. Além de toda a problemática de interações com o SA (System Administrator – Administrador do Sistema) e verificação de espaços disponíveis nos dispositivos de armazenamento, o DBA era “forçado” a fazer cálculos do tamanho ideal de cada datafile (arquivo de dados) e, principalmente, se preocupar com a localização de cada datafile de cada tablespace para que houvesse uma perfeita separação entre os discos evitando assim concorrências por I/O. Um exemplo clássico desta separação é NUNCA colocar os datafiles de tablespaces de índices nos mesmos discos que os datafiles das tablespaces de dados, evitando assim a concorrência por I/O e garantindo a performance geral do banco de dados.

Agora as coisas mudaram sensivelmente. Com o argumento de que o tempo (precioso) dos DBAs deve ser utilizado para tarefas “mais nobres”, a Oracle introduziu uma série de novas funcionalidades na versão 10g do banco de dados que “diminuem” as intervenções do DBA no banco de dados, fazendo com que o mesmo seja “auto gerenciável”. Algumas dessas novas funcionalidades são o auto tuning, os advisories (conselheiros) e por aí vai.

Bem, a prática tem nos mostrado que não é bem assim. Essas novas funcionalidades realmente ajudam bastante o DBA, mas definitivamente não “diminuíram” a intervenção do DBA tanto assim.

Por outro lado, uma das novas características realmente me chamou a atenção e realmente cumpre o que promete, é o ASM – Automatic Storage Management (Gerenciamento Automático de Armazenamento). As funcionalidades desta ferramenta realmente impressionam e realmente “diminuem” sensivelmente a intervenção do DBA no tocante ao armazenamento disponível para o banco de dados.

Mais maduro, o ASM na versão 11g traz ainda mais novidades e realmente “resolvem” uma série de problemas e dificuldades encontradas no passado.

A intenção deste artigo é justamente o de mostrar todos os conceitos desta ferramenta e também apresentar um “mão na massa” do ASM. Então vamos lá.

O que é o ASM?

O ASM é uma ferramenta do banco de dados Oracle que fornece ao DBA uma interface simples para o gerenciamento do armazenamento de dados. Uma grande vantagem do ASM é o fato de que pode ser utilizado em todas as plataformas de servidores (UNIX, Linux, Windows,...) e de armazenamento (LVM, Cooked Files, Raw DevicesNota DevMan 1).

Nota DevMan 1. LVM, Cooked Files, Raw Devices

LVM:

Um Logical Volume Manager (Gerenciador de Volumes Lógicos) é um gerenciador de volume lógico para o kernel UNIX/Linux que gerencia discos rígidos e dispositivos semelhantes de armazenamento em massa, em especial os grandes dispositivos de armazenamento.

O termo “volume” refere-se a uma unidade de disco ou partição do mesmo. Ele foi originalmente escrito em 1998 por Heinz Mauelshagen, que baseou a sua concepção sobre a do LVM no HP-UX.

Cooked Files

Cooked Files são os tradicionais arquivos gerenciados pelo sistema operacional. Tradicionalmente, um datafile adicionado a uma tablespace em um tradicional file system em um ponto de montagem no sistema operacional (por exemplo o arquivo /oracle/u01/app/SQLMagazine/datafile/system.dbf) é conhecido como cooked file.

Raw Devices

Em computação, especificamente os sistemas operacionais Unix/Linux, um Raw Device, ou Dispositivo Bruto, é um tipo especial de arquivo de dispositivo de bloco que permite acessar um dispositivo de armazenamento como um disco rígido diretamente, ignorando caches do sistema operacional e os buffers (embora os caches de hardware possam ainda ser usados). Aplicações como um sistema de gerenciamento de banco de dados podem usar Raw Devices diretamente, permitindo-lhes gerenciar a forma como os dados são armazenados em cache, ao invés de deixar essa tarefa com o sistema operacional.

O ASM gerencia muito bem a carga de trabalho, por exemplo, distribuindo toda a carga de I/O entre os recursos disponíveis (discos) otimizando a performance, evitando assim a necessidade de intervenção do DBA para efetuar um tuning de I/O (por exemplo, se preocupando em separar os datafiles entre os discos disponíveis). Isso é realmente uma grande redução da tarefa do DBA.

Outra grande vantagem é o fato de o ASM permitir ao DBA gerenciar dinamicamente os recursos no tocante ao crescimento do banco de dados. Com o ASM não é necessário “parar” o banco de dados para efetuar qualquer ajuste de alocação de armazenamento.

A partir da versão 10g, a Oracle recomenda fortemente a utilização do ASM e, para a alegria do pessoal de finanças, não há custo algum para a empresa ao adotar o ASM. Estamos falando de custo de licença, que fique bem claro, pois o ASM está disponível já na instalação do software de banco de dados nas versões Enterprise e Standard.

Principais características

Mostro agora uma listagem das principais características do ASM já desde seu início, na versão 10g do banco de dados Oracle:

• O ASM assume total controle de todos os dispositivos de armazenamento. Com isso, não é mais necessário utilizar particionamento dos discos. Simplesmente disponibilize o disco e o ASM “toma conta”;

• Sempre que necessário, mais espaço pode ser adicionado de maneira transparente, ou seja, o administrador do sistema simplesmente informa ao DBA que um novo disco está disponível no servidor e o DBA simplesmente adiciona este novo disco à estrutura do ASM, sem a menor necessidade de “parar” o banco de dados;

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