Criando aplicações Web com EJB e padrões de projeto: Este artigo aborda os conceitos básicos de padrões de projeto como boas práticas de programação que devem ser seguidas pelo desenvolvedor e a maneira como estes podem ser implementados em uma aplicação Java para Web que usa Enterprise JavaBeans. Uma aplicação Web que emprega EJB é utilizada para demonstrar o uso dos padrões MVC, Session Facade e EAO (Entity Access Object).
Em que situação o tema útil: Para aumentar a legibilidade e potencial de reutilização de um software, é interessante que os desenvolvedores se acostumem a utilizar padrões de projeto como boas práticas de programação em seus aplicativos. Todo programador, trabalhando sozinho ou dentro de uma equipe, vai se beneficiar quando adotar tais práticas em seus projetos.
Assim que um programador ganha experiência na linguagem Java, começa a se deparar com situações comuns em vários tipos de projetos que demandam algum tipo de solução padronizada. Na cabeça do desenvolvedor, deve surgir um pensamento semelhante a este: “essas situações ou problemas, que provavelmente já foram enfrentadas por outros desenvolvedores anteriormente, devem possuir uma forma ideal de serem solucionadas ou implementadas”. E muitas destas formas realmente existem: são os chamados “padrões de projeto” (design patterns).
O importantíssimo livro Design Patterns: Elements of Reusable Object-Oriented Software (com o título nacional “Padrões de Projeto: Soluções reutilizáveis de software orientado a objetos”), de autoria da chamada “Gang of Four” (“Turma dos Quatro”: Erich Gamma, Richard Helm, Ralph Johnson e John Vlissides), foi o grande responsável por popularizar o termo “padrão de projeto” em software, como uma espécie de “receita básica” para a solução de problemas comuns em projetos orientados a objetos.
Publicado em 1994, o livro traz uma série de situações e problemas comuns em softwares orientados a objetos e as respectivas “soluções ideais”, as quais foram denominadas de “padrões de projeto”. Apesar dos exemplos do livro estarem originalmente em C++ e Smalltalk, podem (e devem) ser aplicados a qualquer linguagem de programação orientada a objetos. Obviamente, estes também possuem implementação em Java.
No livro, os padrões de projeto são divididos em três categorias:
- Padrões Criacionais (creational patterns): usados para criação de objetos seguindo alguma regra, sem que estes precisem ser instanciados diretamente. É dentro desta categoria que ficam, por exemplo, dois padrões que são “velhos conhecidos” dos desenvolvedores: o Singleton, que estabelece uma única instância compartilhada para um objeto, e o Factory Method, onde um método é usado para retornar uma nova instância de uma classe;
- Padrões Estruturais (structural patterns): servem para definir a estrutura e composição dos objetos e classes. O padrão de projeto Façade, amplamente usado em aplicações Web com Enterprise JavaBeans, faz parte desta categoria;
- Padrões Comportamentais (behavioral patterns): são aqueles que estabelecem padrões de comportamento e funcionamento dos objetos, mais especificamente a maneira como estes se comunicam. Dentro desta categoria está o padrão Observer, que estabelece um objeto “observador” que deverá ser notificado no caso de uma mudança de estado em algum outro objeto.
É muito provável que você, mesmo sem saber sobre o conceito de padrões de projeto, já tenha se deparado com alguns deles em programas Java. O padrão criacional Factory Method, por exemplo, é usado em diversas classes da linguagem para retornar uma nova instância de um objeto, assim como o Singleton, que traz uma instância única compartilhada.
Outro padrão de projeto muito utilizado é o conhecido MVC (Modelo-Visão-Controle). Este padrão foi estabelecido em 1979 por Trygve Reenskaug, para uso com a linguagem Smalltalk.
O MVC define três divisões (ou camadas) básicas para um aplicativo:
- Modelo: consiste nos dados e na lógica existente na operação destes;
- Visão: é a interface do aplicativo, aquilo que efetivamente será apresentado ao usuário;
- Controle: tem o papel de fazer a “ponte de comunicação” entre o modelo e a visão.
A ideia central por trás do MVC é desacoplar o máximo possível o Modelo da Visão, de forma que sejam independentes. Dessa maneira, os elementos pertencentes a estas duas categorias terão sua possibilidade de reutilização maximizada.
Veja no diagrama da Figura 1 um exemplo de como deve ser a comunicação entre os elementos de um sistema implementado com MVC.
O MVC é considerado como um padrão do tipo estrutural e, apesar de ser citado no livro Design Patterns, não é incluído como um dos “padrões de projeto” efetivos desta obra. Ao invés disso, Gamma, Helm, Johnson e Vlissides “decompõem” o MVC em três outros padrões definidos no livro: o Observer, o Composite e o Strategy.
As vantagens de reutilização proporcionadas pela divisão de uma aplicação nestes três “campos” do MVC são bastante óbvias. A interface de uma aplicação, a Visão do MVC, é geralmente “amarrada” a uma plataforma específica, e sua portabilidade é bastante limitada. Já as classes que definem o Modelo, desacopladas de uma interface específica, podem ser intercambiadas e reutilizadas em diversos projetos.
Padrões de projeto no Java EE
A especificação do Java EE 6 define, entre outras tecnologias, os EJBs (Enterprise JavaBeans) para a definição das regras de negócio e o framework JSF (JavaServer Faces) para a camada de visualização de uma aplicação Web. A Oracle disponibiliza, inclusive, uma lista de padrões de projetos que podem ser aplicados especificamente em aplicações Java EE (link disponível no final do artigo).
Podemos considerar os EJBs como classes Java “turbinadas” que, por meio do uso de annotations específicas, têm acesso a recursos avançados como persistência de dados em um modelo objeto-relacional (por meio da JPA – Java Persistence API), controle de transações, envio e recebimento de mensagens e injeção de contexto e dependência. Veja a Nota 1. Com o uso de um servidor de aplicações compatível com as especificações do Java EE 6 (como o GlassFish), uma aplicação Web Java pode ser construída se beneficiando desses diversos recursos.
...Confira outros conteúdos:
Introdução ao JDBC
Novidades do Java
Teste unitário com JUnit
Promoção de Natal
Oferta exclusiva de Natal!
Pagamento anual
12x no cartão
De: R$ 69,00
Por: R$ 59,90
Total: R$ 718,80
Garanta o desconto
- Formação FullStack Completa
- Carreira Front-end I e II, Algoritmo e Javascript, Back-end e Mobile
- +10.000 exercícios gamificados
- +50 projetos reais
- Comunidade com + 200 mil alunos
- Estude pelo Aplicativo (Android e iOS)
- Suporte online
- 12 meses de acesso
Pagamento recorrente
Cobrado mensalmente no cartão
De: R$ 79,00
Por: R$ 59,90 /mês
Total: R$ 718,80
Garanta o desconto
- Formação FullStack Completa
- Carreira Front-end I e II, Algoritmo e Javascript, Back-end e Mobile
- +10.000 exercícios gamificados
- +50 projetos reais
- Comunidade com + 200 mil alunos
- Estude pelo Aplicativo (Android e iOS)
- Suporte online
- Fidelidade de 12 meses
- Não compromete o limite do seu cartão
<Perguntas frequentes>
Nossos casos de sucesso
Eu sabia pouquíssimas coisas de programação antes de começar a estudar com vocês, fui me especializando em várias áreas e ferramentas que tinham na plataforma, e com essa bagagem consegui um estágio logo no início do meu primeiro período na faculdade.
Estudo aqui na Dev desde o meio do ano passado!
Nesse período a Dev me ajudou a crescer muito aqui no trampo.
Fui o primeiro desenvolvedor contratado pela minha
empresa. Hoje eu lidero um time de desenvolvimento!
Minha meta é continuar estudando e praticando para ser um
Full-Stack Dev!
Economizei 3 meses para assinar a plataforma e sendo sincero valeu muito a pena, pois a plataforma é bem intuitiva e muuuuito didática a metodologia de ensino. Sinto que estou EVOLUINDO a cada dia. Muito obrigado!
Nossa! Plataforma maravilhosa. To amando o curso de desenvolvimento front-end, tinha coisas que eu ainda não tinha visto. A didática é do jeito que qualquer pessoa consegue aprender. Sério, to apaixonado, adorando demais.
Adquiri o curso de vocês e logo percebi que são os melhores do Brasil. É um passo a passo incrível. Só não aprende quem não quer. Foi o melhor investimento da minha vida!
Foi um dos melhores investimentos que já fiz na vida e tenho aprendido bastante com a plataforma. Vocês estão fazendo parte da minha jornada nesse mundo da programação, irei assinar meu contrato como programador graças a plataforma.
Wanderson Oliveira
Comprei a assinatura tem uma semana, aprendi mais do que 4 meses estudando outros cursos. Exercícios práticos que não tem como não aprender, estão de parabéns!
Obrigado DevMedia, nunca presenciei uma plataforma de ensino tão presente na vida acadêmica de seus alunos, parabéns!
Eduardo Dorneles
Aprendi React na plataforma da DevMedia há cerca de 1 ano e meio... Hoje estou há 1 ano empregado trabalhando 100% com React!
Adauto Junior
Já fiz alguns cursos na área e nenhum é tão bom quanto o de vocês. Estou aprendendo muito, muito obrigado por existirem. Estão de parabéns... Espero um dia conseguir um emprego na área.
Utilizamos cookies para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários, consulte nossa política de privacidade.