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O Novo NetBeans

Novidades do Mais Maduro IDE Livre para Java

Se você usou versões anteriores do NetBeans mas preferiu outro IDE, vai mudar de opinião quando conhecer sua nova estrutura de projetos baseada no Ant

O NetBeans talvez seja o mais antigo dos projetos de IDE livre para Java, o que garante maturidade e riqueza em recursos. Entretanto, ainda não atingiu o nível de popularidade que poderia. Possivelmente pela sua interface com o usuário “antiquada” baseada no padrão MDI, ou pela falta de flexibilidade da sua estrutura de projetos original.

Mas a situação mudou muito no último ano. Com a versão 3.6, o NetBeans ganhou uma nova interface com o usuário e, mais recentemente, uma nova estrutura de projetos baseada no Apache Ant que oferece uma flexibilidade talvez sem precedentes em qualquer IDE livre ou proprietário.

Temos ainda o suporte ao J2SE 5.0, assistentes para a criação de taglibs JSP e recursos de refactoring (ainda pobres em relação a IDEs como IntelliJ IDEA ou Eclipse, mas que serão muito expandidos já na próxima versão). Internamente ao IDE, há uma API de módulos reformulada para maior simplicidade e estabilidade, que já levou a resultados interessantes nas novas extensões para  suporte a J2ME e profiling de aplicações. Além disso, já está em beta a versão 4.1 do NetBeans, que oferece uma série de recursos para o desenvolvimento de componentes EJB e Web Services – veja o quadro “O NetBeans 4.1”.

Definitivamente, o NetBeans tem lugar assegurado hoje e no futuro entre os melhores IDEs para desenvolvimento em Java, tanto para o iniciante quanto para o profissional experiente. A versão 3.5 do IDE foi apresentada na Edição 11, com uma visão de “primeiros passos”. Nesta edição, damos enfoque ao totalmente renovado NetBeans 4.0, com enfoque mais avançado sobre a nova estrutura de projetos.

Começamos revendo a instalação do IDE e suas principais opções de configuração. Se você já instalou ou já usa uma versão anterior do NetBeans pode passar diretamente ao próximo tópico ("Projetos padrão").

Para este artigo são esperados conhecimentos básicos sobre o Apache Ant (apresentado nas edições 2 e 14 da Java Magazine), pois como se verá, a customização dos projetos do NetBeans é inteiramente baseada na ferramenta de automação de builds da Apache.

Instalação e configuração

Há três formas básicas de se instalar o NetBeans. Se você não tem um kit de desenvolvimento Java (JDK) instalado, a opção mais conveniente é baixar o “bundle” que inclui o JDK e o NetBeans, a partir de java.sun.com/j2se/1.5.0/download.jsp. Escolha a opção específica para a sua plataforma, e apenas siga as instruções do instalador.

Se você já tem um JDK recente instalado (1.4.2 em diante) pode baixar apenas o instalador do NetBeans. Embora o NetBeans suporte recursos exclusivos do Java 5, ele não exige o JDK 5.0 para funcionar. Faça o download do instalador para sua plataforma em netbeans.org. Durante a instalação, será localizado o JDK apropriado e o IDE já estará pronto para uso.

Como uma terceira opção, você pode baixar o apenas o zip contendo as classes do NetBeans, sem um instalador. Neste caso, você deve descompactar manualmente o NetBeans e configurar as variáveis de ambiente PATH e CLASSPATH para sua instalação do Java; além de criar o atalho para o arquivo bin/netbeans.exe no Windows; ou o lançador apontando para bin/netbeans no Linux. Note que, apesar de serem fornecidos vários instaladores específicos a cada plataforma, o NetBeans em si é uma aplicação 100% Java. Por isso os instaladores não são estritamente necessários. Você pode reduzir vários megabytes do download obtendo apenas as classes do NetBeans. E se você utiliza vários sistemas operacionais pode também utilizar a mesma instalação para todos eles, desde que ela esteja em um disco acessível a todos, por exemplo uma partição VFAT/ FAT32 do Windows.

Na primeira execução do NetBeans é exibida uma tela de boas-vindas (veja a Figura 1). Nela são mostradas opções para criar um projeto vazio, criar um projeto contendo um dos exemplos fornecidos junto com o IDE, ou consultar um dos vários guias e tutoriais inclusos.

As capturas de tela neste artigo foram feitas em um sistema Linux utilizando o JDK 5.0. Seu sistema pode ter uma aparência bem diferente, de acordo com a plataforma e versão do JDK utilizada. O padrão é o visual nativo das plataformas Windows e Mac OS, ou o visual independente de plataforma (Metal no 1.4.2 ou Ocean no 5.0) no Linux e outros sistemas Unix.

Você pode forçar o NetBeans a usar um determinado look-and-feel, passando a opção -ui na linha de comando. Por exemplo, o comando a seguir força o uso do look-and-feel nativo do GTK no Linux:

 

netbeans -ui com.sun.java.swing.plaf.gtk.GTKLookAndFeel

 

Se você achar os ícones da barra de ferramentas padrão muito grandes, pode reduzi-los clicando com o botão direito na parte vazia à direita da barra de ferramentas e selecionando a opção “Small toolbar icons”.

 

Observe na Figura 1 os três botões no lado esquerdo da tela, logo abaixo da barra de ferramentas. Eles permitem alternar entre as Visões de Projetos (Project), Arquivos (Files) e Runtime. As duas primeiras visões exibem classes e arquivos dos projetos em desenvolvimento, por isso estão inicialmente vazias. A visão Runtime exibe configurações globais do ambiente. Ela é disposta em uma visão de árvore onde os principais nós apresentam os seguintes itens:

o        Servidores J2EE configurados para execução de projetos web (Server Registry)

o        Processos em execução pelo IDE, como aplicativos sendo depurados (Processes)

o        Conexão a bancos de dados via JDBC (Databases)

o        DTDs, XML Schemas e descritores TLD reconhecidos para validação e auto-completar código em arquivos XML e descritores J2EE (XML Entity Catalogs)

 

A Figura 2 exibe a visão Runtime, com os elementos “originais de fábrica” expandidos. Como para qualquer visão ou editor do NetBeans, um clique duplo no seu título maximiza a visão. Um clique no botão  ...

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