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Kylix Project
O que a Borland está preparando para o Pinguim
Você já deve saber: Kylix é o codinome do projeto Delphi e C++ Builder para Linux. Pode ficar tranqüilo, o Delphi continuará tendo seu nome no pingüim. Pensando nisso, a Inprise do Brasil convidou a todos para a primeira impressão do Kylix, em um evento realizado no luxuoso hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, no último dia seis de abril. O ClubeDelphi esteve por lá, e para a nossa equipe, o primeiro contato com o Kylix foi marcado por três dias de pura emoção.
Iniciamos os trabalhos na quarta-feira, dia cinco, participando da coletiva de imprensa promovida pela Inprise para divulgar o produto. De primeira, uma grande surpresa, e também uma grande honra: fomos apresentados a John Kaster, que veio da Inprise americana exclusivamente para falar sobre o Kylix. Na mesa, estavam presentes ainda José Rubens, Gerente Geral da Inprise do Brasil, José Eugênio, Gerente de Marketing, e Renato Quedas, o número um em Delphi no Brasil. John, figura simpaticíssima, é o Developer Relations entre a Equipe de Desenvolvimento do Delphi e seus usuários. John foi definido por José Rubens como "quem toma porrada dos usuários para dar nos desenvolvedores". O homem é também um dos criadores e colaboradores do Comunnity, o site da Inprise que tem o objetivo de reunir todo tipo de informação técnica a respeito de seus produtos. O Comunnity pode e deve ser conferido em http://comunnity.borland.com.
Na coletiva, o que se viu logo após as apresentações foi uma enxurrada de perguntas a John Kaster, que esclareceu diversos pontos. Veja os principais:
Qual será a data de lançamento do Kylix?
[John Kaster]: Em meados do ano, provavelmente agosto.
O Delphi 6 será lançado junto com o seu irmão para Linux?
[JK]: Não, visto que a equipe de desenvolvimento dos produtos é a mesma. O Delphi para Linux será lançado primeiro.
A grande pergunta: o Delphi será gratuito?
[JK]: Não. Esta pergunta é muito interessante, pois me dá a oportunidade de contar uma história. Em uma feira de Linux, realizada nos EUA, fizemos uma pesquisa entre os presentes. Perguntamos quanto estariam dispostos a pagar pelo Delphi para Linux. E a resposta foi muito positiva. Não importa o quanto, mas as pessoas estão dispostas a pagar pelo produto. Chegamos à conclusão que, na verdade, a preocupação é se o produto terá o código aberto, e não se será de graça. Até porque o mercado corporativo não acredita neste tipo de produto.
Haverá alguma diferença de preço entre as versões Windows e Linux?
[JK]: Ainda não temos nenhuma definição a respeito do custo da ferramenta.
O Delphi funcionará melhor, ou de forma exclusiva, em algumas versões do Linux?
[JK]: Não. O Delphi irá rodar nas versões mais populares do Linux.
E a compatibilidade com arquivos gerados no Windows, e vice-versa?
[JK]: Irá depender de como o desenvolvedor gerou o código. Se utilizou muitas APIs, o código será menos portável. Quanto mais sintaxe Delphi for utilizada, maior será a portabilidade.
Existe alguma preocupação da Borland em relação às tecnologias como o ASP, que se tornam cada vez mais populares?
[JK]: Não. O Delphi já está totalmente integrado à Web, além de ser o primeiro em tecnologias emergentes, como a XML. Outro ponto positivo é que o desenvolvedor não precisa perder tempo e esforço para migrar suas aplicações para Internet, tendo que aprender outras linguagens. No Delphi, a sintaxe e forma de programar é a mesma, tanto para desktop quanto para Internert.
Em nosso segundo dia em Sampa, fomos conferir o tão aguardado evento "Borland Linux", no Maksoud. Lá, pudemos constatar a força do Delphi no Brasil: inicialmente programada para receber 800 pessoas, a Inprise teve que abrir mais um salão do hotel, com capacidade para mais 400 presentes, devido à imensa quantidade de solicitações para o evento.
As palestras foram comandadas por John Kaster e Renato Quedas. O início do evento foi marcado por uma apresentação dos atuais recursos do Delphi, como o suporte à XML. No momento mais esperado, uma breve introdução ao Kylix foi dada. Em seguida, John surpreendeu a todos, mostrando um compilador Delphi rodando no Linux. Tivemos o prazer de ver os arquivos .PAS serem compilados no Linux, gerando pequenos aplicativos Windowned para o pingüim. A surpresa ficou para o final: John gerou um laço FOR, com um milhão de prints na tela, em Windows e Linux, ao mesmo tempo. O Windows terminou o laço aproximadamente 20 minutos após o seu concorrente.
E, para marcar de vez nossa estada, participamos, no último dia, de uma reunião no melhor estilo "Top Secret" entre os parceiros da Inprise do Brasil e John Kaster. Todos que ali estavam assinaram previamente um contrato de sigilo para comparecer a este encontro, onde as últimas informações a respeito do projeto foram passadas. Portanto, só podemos garantir a você, leitor, que muita surpresa ainda está por vir. Todo o decorrer do projeto será apresentado no Site da Inprise (www.inprise .com.br) e analisado em todos os seus detalhes no nosso site e aqui na revista. Não deixe de conferir.