As metodologias de desenvolvimento foram criadas visando coordenar esforços, estabelecer ordem, padrões e técnicas. Entre as melhores metodologias estão O Guia do Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento de Projetos (PMBOK) do Project Manager Institute (PMI), o Capability Maturity Model (CMM) e o modelo brasileiro desenvolvido pela SOFTEX baseado no CMMI chamado de Melhoria de Processo do Software Brasileiro (MPS.BR).

Por essas metodologias serem bastante completas, o seu uso, muitas vezes, se torna difícil em pequenas empresas ou pequenos grupos de programadores. Entretanto, por menor que seja o grupo ou a empresa, o desenvolvimento de sistemas em equipe requer uma série de cuidados para que o trabalho de um não seja refeito ou alterado erroneamente por outro membro do time.

Este artigo mostrará uma série de pequenas dicas e ferramentas, muitas delas retiradas dos modelos já citados, que visam facilitar o trabalho em grupo e, mais do que isso, garantir que o grupo trabalhe de forma correta e gere ao final do processo um produto de qualidade.

Divisão de tarefas

O fator fundamental para que o trabalho em equipe obtenha sucesso é a correta divisão das tarefas. A forma mais correta a ser seguida na divisão é tentar atender a duas afirmações: cada um deve fazer aquilo que sabe (assim não haverá necessidade de tempo de aprendizado) e sempre que possível deve fazer sozinho (a divisão de uma tarefa entre duas ou mais pessoas, muitas vezes obriga um dos membros da equipe a ficar parado esperando pela finalização do trabalho do outro).

Por exemplo, suponha um determinado sistema que usa funções que estão num Web Service. Pode-se designar um programador experiente para codificar as classes e exportá-las como Web Services e passar a construção das telas e dos módulos locais (processos bem mais simples) para programadores com menor experiência ou até mesmo para estagiários.

A divisão correta das atividades do projeto traz benefícios como a economia com programadores, pois não é necessário manter um time inteiro de profissionais experientes, e facilidades no controle de versão e na gerência da segurança (no exemplo dado, os profissionais com menor experiência não precisariam ter acesso aos fontes das classes por exemplo).

Para finalizar, é preciso que os membros da equipe saibam exatamente quem faz o que no projeto. Esse artigo traz uma seção intitulada Matriz de Designação de Responsabilidades que trata sobre o assunto.

Documentação da Análise

O projeto de um novo software começa sempre pela análise. Bem, ao menos deveria começar! É por essa razão que se diz que a documentação é a base de qualquer trabalho de desenvolvimento.

Os softwares possuem um ciclo de vida com constantes alterações. A documentação é um importante instrumento a ser utilizado para manter o histórico, pois conta toda a história do aplicativo, desde sua concepção, passando pelo desenvolvimento e chegando até o acompanhamento da manutenção.

Pode parecer desnecessário fazer tais afirmações já que elas são de senso comum, mas muitas vezes essa fase não é concluída em sua plenitude para que sobre mais tempo para a fase de programação.

Entretanto para que a documentação possa cumprir o seu papel, ela necessita ser elaborada durante cada uma das fases de desenvolvimento e ser atualizada sempre que houver uma modificação, independente da metodologia adotada pela empresa. Deve ser vista como uma ferramenta de auxílio a ser utilizada por todas as pessoas envolvidas no processo e não como uma obrigação a mais.

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