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Do que trata o artigo

Aprenda a criar sistemas com uma arquitetura orientada a Plugins, permitindo a expansão das funções originais do seu sistema sem que seja necessário alterar uma única linha do programa. Além disto, você também aprenderá a criar DLL’s com o Delphi 2010.


Para que serve

Sistemas com arquitetura orientada a Plugins conseguem diminuir a dificuldade de atualização do software, pois se torna necessário trocar apenas a DLL do Plugin que foi alterado. Surge assim uma aplicação mais flexível e modular o que consequentemente facilita a manutenção do sistema.


Em que situação o tema é útil

Você é quem decide onde e como os Plugins podem ser encaixados (integrados), em sua aplicação. O limite é sua própria imaginação.

Resumo do DevMan

De um modo geral, um Plugin é algo que pode ser integrado em uma aplicação para expandir as funções originais da mesma. A princípio temos a impressão de criar um programa que permita a expansão das funções através de Plugins seja uma tarefa complicada, porém, este artigo mostra como pode ser simples criar este tipo de arquitetura, mesmo para aqueles que não tenham grande experiência com a linguagem.

Sistemas orientados a Plugins são comuns. Não é necessário pensar muito para lembrar de programas que permitem a expansão de suas funções através dos mesmos. Até mesmo a própria IDE do Delphi permite a instalação de Plugins. Para entender melhor pense no Firebird. Através de uma arquitetura de Plugins, você consegue fazer com que ele entenda novas funções: para isto você precisar criar uma DLL, que será registrada (plugada) ao SGBD, expandindo as funções originais do Firebird. Outro exemplo de uso muito simples de entender é o Framework DBExpress. Com o DBExpress você pode adicionar suporte a novos bancos de dados, apenas registrando uma nova DLL referente ao banco desejado. Em outras palavras, o DBExpress pode trabalhar com diversos bancos de dados sem a necessidade de atualizar o componente, ou o Delphi, graças ao uso de Plugins.

Para criar uma arquitetura de Plugins, um sistema normalmente utiliza DLL’s (Dynamic Link Library). As DLL’s nada mais são do que executáveis cujos métodos podem ser executados por outro executável. Então para criar um sistema expansível através de Plugins você precisa apenas de um arquivo DLL que tenha os novos métodos que sua aplicação irá executar. É claro que para isto é necessário que exista um padrão para os nomes dos métodos que existirem dentro da DLL. Falaremos disto em outro momento.

Criar uma arquitetura de Plugins pode tornar seu sistema mais fácil de atualizar, pois o usuário precisa atualizar apenas a DLL que sofreu a atualização. Além disto, ao criar uma aplicação que utiliza Plugins você também está criando uma aplicação modular e flexível, pois muitas partes do código que podem variar, serão encapsuladas dentro de DLL’s. Outra vantagem interessante da utilização de Plugins é o fato de que outros programadores, sejam eles da sua equipe de desenvolvimento ou não, poderão criar DLL’s para sua aplicação, independente da linguagem em que programam. Tudo que é necessário saber é o nome dos métodos que devem existir dentro da DLL para que sua aplicação faça a chamada corretamente.

Entendendo a arquitetura

Para explicar como pode ser criada uma arquitetura de Plugins vou apresentar uma aplicação de exemplo que simula um cadastro. A aplicação vai permitir o cadastro de informações sobre contatos como nome, endereço e CEP. Também será possível excluir um contato já cadastrado.

Quando você estiver criando uma arquitetura de Plugins para sua aplicação você precisa deixar bem claro qual o objetivo do mesmo, para que o desenvolvedor que irá criar os Plugins (as DLL’s), não fique em dúvida quanto ao que ele está criando.

Após concluir a parte de salvar e excluir um contato, o próximo passo será criar os Plugins que poderão interagir com estas ações. A ideia é que a aplicação de exemplo possa interagir com as DLL’s através de dois métodos que serão chamados pela aplicação depois de salvar ou excluir um registro. Este será o objetivo do nosso Plugin, interagir com o cadastro da aplicação. Então Além da aplicação propriamente dita, deverá existir ao menos um arquivo DLL que será localizado e carregado pela aplicação para que os métodos possam ser invocados quando for o momento apropriado. É importante destacar também que o aplicativo não deve gerar exceções se nenhuma DLL (Plugin) existir.

Você pode definir um diretório padrão onde sua aplicação irá procurar as DLL’s, como faz o Firebird por exemplo. No Firebird é recomendado que as DLL’s (UDF’s) sejam armazenadas dentro da pasta UDF do servidor. Neste exemplo as DLL’s devem ser colocadas na mesma pasta onde o EXE do programa será instalado.

Para que os Plugins tenham motivo para existir é necessário que exista uma aplicação para usá-los, por isto, vou começar por ela. No Delphi 2010 crie uma nova aplicação através do menu File>New>VCL Forms Applications. Em seguida adicione e configure os componentes conforme a Tabela 1.

Componente

Propriedade

Valor

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Adicionar contato

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