WCF x REST: uma alternativa para servi�os

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Conte�do sobre boas pr�ticas.

WCF x REST: Uma alternativa para serviços
Ao se pensar na implementaç�o de Web Services, quase que invariavelmente se imagina a construç�o dessas estruturas a partir do uso do protocolo SOAP. Por ser aberto e baseado em XML, este formato contribuiu de maneira significativa para a popularizaç�o de Web Services como principal instrumento de integraç�o em tempo real de sistemas. No entanto, alternativas ao padr�o SOAP existem, sendo uma das opç�es com maior aceitaç�o, o modelo conhecido como REST, o qual conta com uma estrutura relativamente mais simples e de f�cil utilizaç�o.

Em que situaç�o o tema � �til
A implementaç�o de Web Services seguindo a arquitetura REST pode, a partir de uma s�rie de princ�pios e recomendaç�es, simplificar consideravelmente a forma como serviços (e as funcionalidades por eles expostas) s�o acessados por outras aplicaç�es. Grandes portais como Facebook, Twitter, Yahoo e Google enxergaram o potencial e os benef�cios oferecidos por esta alternativa, sendo que os mesmos t�m enfatizado a adoç�o deste modelo em muitas de suas soluç�es.

O surgimento de Web Services mudou profundamente a forma como as aplicaç�es compartilham informaç�es. Esta tecnologia viabilizou a integraç�o em tempo real entre sistemas completamente distintos, simplificando assim, a transfer�ncia de dados entre aplicaç�es de uma mesma empresa ou, mesmo, entre soluç�es de diferentes companhias.

Atualmente, grandes organizaç�es como instituiç�es financeiras e empresas de com�rcio eletr�nico t�m empregado Web Services em larga escala, com isto acontecendo em projetos cr�ticos e de grande import�ncia para as operaç�es de tais companhias. Por serem geralmente criados em torno de formatos baseados em XML (como o protocolo SOAP � BOX 1), Web Services podem integrar sistemas concebidos nas mais diferentes plataformas, sendo este um dos principais fatores que contribu�ram para sua ampla aceitaç�o.

Do ponto de vista pr�tico, Web Services s�o serviços (componentes) de software que disponibilizam funcionalidades espec�ficas, com estas �ltimas podendo ser consumidas por aplicaç�es com as mais variadas finalidades. A grande import�ncia adquirida por essas estruturas (Web Services) motivou o surgimento de diversos padr�es de modelagem e t�cnicas para a construç�o de serviços, com tais conceitos estando agrupados em um corpo de conhecimentos chamado de Arquitetura Orientada a Serviços (BOX 2).

Al�m do protocolo SOAP, o uso do padr�o conhecido como REST corresponde � outra poss�vel forma para implementaç�o de Web Services. REST (sigla em ingl�s para �Representational State Transfer�) � uma especificaç�o em que recursos s�o representados por meio de um endereço �nico, utilizando para isto URLs. Dados consumidos por uma aplicaç�o sob a forma de objetos constituem exemplos de recursos. Um endereço �nico � formado por informaç�es de identificaç�o do recurso no serviço respons�vel por prover o mesmo, al�m de uma indicaç�o da operaç�o a ser efetuada sobre tal elemento.

Sendo a soluç�o da Microsoft voltada � implementaç�o de Web Services e projetos em conformidade com as pr�ticas de SOA, a tecnologia WCF (Windows Communication Foundation) oferece amplo suporte aos padr�es SOAP e REST.

A meta deste artigo � descrever, em termos gerais, as caracter�sticas de Web Services baseados em REST. Al�m disso, ser� abordada a criaç�o de serviços WCF seguindo princ�pios desta arquitetura, atrav�s da construç�o de uma aplicaç�o de exemplo.

BOX 1. SOAP

SOAP (sigla em ingl�s para "Simple Object Access Protocol") � um protocolo XML empregado em trocas de mensagens entre Web Services e consumidores destes tipos de serviços. Trata-se de um dos padr�es mais utilizados na implementaç�o de Web Services, sendo suportado pelas principais plataformas de desenvolvimento da atualidade (.NET, Java, PHP, Delphi etc.)

BOX 2. SOA

SOA (sigla do ingl�s "Service Oriented Architecture" - ou Arquitetura Orientada a Serviços, em portugu�s) � um modelo de arquitetura de software empregado, basicamente, no desenvolvimento de soluç�es que permitam a integraç�o entre diferentes sistemas. Seu objetivo principal consiste, em termos gerais, no atendimento de necessidades de neg�cios atrav�s de serviços agrupados em componentes (m�dulos) de software. Normalmente, a implementaç�o deste paradigma acontece por meio da utilizaç�o de Web Services. Aplicaç�es constru�das sob esta arquitetura priorizam o reuso de software, al�m de buscarem a interoperabilidade entre diferentes plataformas computacionais.

O protocolo SOAP: uma vis�o geral dos Web Services baseados em XML

Antes de prosseguir com uma discuss�o mais aprofundada da arquitetura REST, � necess�rio analisar algumas caracter�sticas de Web Services que empregam o protocolo SOAP. O objetivo disto � tornar expl�citas as diferenças entre estes dois modelos de implementaç�o, de forma a enfatizar posteriormente os pontos que tornam mais simples a utilizaç�o de serviços baseados em REST.

Conforme mencionado anteriormente, o protocolo SOAP foi elaborado a partir do padr�o XML, sendo este um dos fatores que possibilitaram a interoperabilidade (capacidade de se comunicar) entre aplicaç�es concebidas nas mais diversas tecnologias (.NET, Java, mainframe).

A construç�o de Web Services baseados em SOAP pressup�e a exist�ncia de contratos que descrevem a estrutura destes componentes. � graças a esta caracter�stica que sistemas voltados �s variadas plataformas conseguem, seguindo uma especificaç�o de car�ter gen�rico, acessar as funcionalidades disponibilizadas por serviços remotos.

Entre os itens que fazem parte do contrato de um Web Service, est�o as operaç�es (m�todos) disponibilizadas pelo mesmo, al�m dos tipos (estruturas contendo dados) manipulados por estas �ltimas. Em termos pr�ticos, o contrato de um serviço SOAP � gerado sob a forma de um documento XML padronizado, o qual toma por base as seguintes especificaç�es:

� Web Services Description Language (WSDL): usado na descriç�o da interface (estrutura) de um serviço. Atrav�s deste padr�o, aplicaç�es consumidoras podem gerar proxies (BOX 3), a fim de utilizar as funcionalidades disponibilizadas via Web Service;

� XML Schema Definition Language (XSD): especificaç�o que define a estrutura (schema) dos diversos tipos de objetos manipulados por um Web Service. Documentos no formato XSD est�o normalmente referenciados em descriç�es WSDL de contratos de serviços;

� WS-Policy: permite a representaç�o de caracter�sticas e requisitos a serem levados em consideraç�o ao se utilizar os recursos fornecidos por um serviço.

BOX 3. Proxy

Um Proxy � uma classe baseada em um padr�o de projeto de mesmo nome e que oferece atrav�s da forma como se encontra estruturada, um meio para encapsular uma s�rie de instruç�es complexas acionadas durante chamadas a um serviço remoto. Neste caso, essas operaç�es s�o executadas apenas quando for consumida uma funcionalidade do serviço considerado, de forma a simplificar e tornar mais eficiente o processo de comunicaç�o remota com tal componente.

A arquitetura REST

As diversas diretrizes que comp�em o modelo REST surgiram ainda no ano de 2000, como parte de um trabalho acad�mico do pesquisador Roy Fielding na Universidade da Calif�rnia (EUA). A construç�o de Web Services esteve, num primeiro momento, quase que exclusivamente ligada � utilizaç�o do protocolo SOAP. Contudo, a arquitetura REST vem crescendo nos �ltimos anos, motivada principalmente por uma maior simplicidade na implementaç�o de novas soluç�es, sobretudo quando se compara este padr�o a Web Services baseados em XML."

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WCF x REST: uma alternativa para servi�os

Este artigo vai descrever, em termos gerais, as características de Web Services baseados em REST. Além disso, será abordada a criação de serviços WCF seguindo princípios desta arquitetura, através da construção de uma aplicação de exemplo.

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