Usando PDO (PHP Data Objects) para aumentar a produtividade
Veja neste artigo como utilizar PDO (PHP Data Objects) na prática para aumentar a produtividade e a segurança da sua aplicação.
Com a constante necessidade de segurança e abstração de dados surgiu a classe PDO (PHP Data Objects).
PDO é uma classe desenvolvida especificamente para trabalhar com procedimentos relacionados a Banco de Dados. O interessante em utilizar este tipo de classe é a abstração de qual banco utilizamos e a segurança extra que esta classe nos oferece.
Quando falamos em “abstração de banco de dados” estamos simplesmente querendo dizer que o PDO nos oferece recurso suficiente para trabalhar implementando toda nossa aplicação sem se preocupar com qual banco estamos utilizando, isso significa que uma mudança posterior na escolha do banco não trará grandes problemas a sua aplicação.
É óbvio que não basta só aplicar o PDO e tudo estará seguro e perfeito. Você precisa também implementar algum padrão de projeto que implemente o conceito de multicamadas, onde o principal objetivo é separar a camada de dados (onde ficam as instruções SQL) do restante da aplicação. E qual a finalidade disso juntamente com o PDO? Separando a sua aplicação em camadas, e utilizando o PDO adequadamente, você terá a receita perfeita de uma aplicação bem implementada e estruturada.
Utilizando PDO
Antes de iniciar a utilização do PDO habilite as linhas abaixo no seu arquivo php.ini, geralmente eles estão comentados.
extension=pdo.so
extension=pdo_mysql.so
extension=pdo_pgsql.so
extension=pdo_sqlite.so
extension=php_pdo.dll
extension=php_pdo_mysql.dll
extension=php_pdo_pgsql.dll
extension=php_pdo_sqlite.dll
Vamos trabalhar nos exemplos abaixo com um padrão de projeto chamado MVC (Model View Controller), que prima pela separação da camada de apresentação (view), camada de controle/regra de negócios (controller) e camada de dados (model, onde ficam os comandos SQL).
Vamos criar um arquivo de conexão com o banco em PDO, ele será o ponto de conexão central da nossa aplicação com o banco, se mudarmos ele, toda nossa aplicação deve estar pronta para mudar junto.
<?php
class Conexao {
public static $instance;
private function __construct() {
//
}
public static function getInstance() {
if (!isset(self::$instance)) {
self::$instance = new PDO('mysql:host=localhost;
dbname=minhabasededados', 'root', 'vertrigo',
array(PDO::MYSQL_ATTR_INIT_COMMAND => "SET NAMES utf8"));
self::$instance->setAttribute(PDO::ATTR_ERRMODE,
PDO::ERRMODE_EXCEPTION);
self::$instance->setAttribute(PDO::ATTR_ORACLE_NULLS,
PDO::NULL_EMPTY_STRING);
}
return self::$instance;
}
}
?>
Na classe acima definimos todas as configurações necessárias para conexão ao banco. Se você tiver interesse em conhecer mais configurações personalizadas do PDO, consulte a lista de links no final do artigo.
Vamos criar agora o nosso POJO, que nada mais é do que o “espelho” da sua tabela em objetos. Este POJO irá conter um a definição da nossa tabela USUARIO com os campos: cod_usuario, nome, email, senha, ativo e perfil (este campo é um objeto referenciando outro POJO).
<?php
class PojoUsuario {
private $cod_usuario;
private $nome;
private $email;
private $senha;
private $ativo;
private $perfil;
public function getCod_usuario() {
return $this->cod_usuario;
}
public function setCod_usuario($cod_usuario) {
$this->cod_usuario = $cod_usuario;
}
public function getNome() {
return $this->nome;
}
public function setNome($nome) {
$this->nome = $nome;
}
public function getEmail() {
return $this->email;
}
public function setEmail($email) {
$this->email = strtolower($email);
}
public function getSenha() {
return $this->senha;
}
public function setSenha($senha) {
$this->senha = strtolower($senha);
}
public function getAtivo() {
return $this->ativo;
}
public function setAtivo($ativo) {
$this->ativo = strtolower($ativo);
}
public function getPerfil() {
return $this->perfil;
}
public function setPerfil($perfil) {
$this->perfil = $perfil;
}
}
?>
Agora vamos à parte interessante para este artigo, criamos uma classe DAO que será responsável por realizar as consultas, inserções, deleções e edições no banco. O DAO é responsável por realizar processos no banco e retornar POJOs (se necessários) para a camada de controle. O nosso DAO implementa um padrão de projetos chamado Singleton, que em resumo faz que com que o objeto seja criado apenas uma vez na memória. Como nosso foco aqui não é ensinar padrão de projetos (e não muitos) iremos nos focar na utilização do PDO.
<?php
require_once CAMINHO_RAIZ . "admin/conexao.php";
require_once CAMINHO_RAIZ . "admin/geralog.php";
require_once CAMINHO_RAIZ . "admin/entity/perfil/
controller_perfil.php";
require_once "pojo_usuario.php";
class DaoUsuario {
public static $instance;
private function __construct() {
//
}
public static function getInstance() {
if (!isset(self::$instance))
self::$instance = new DaoUsuario();
return self::$instance;
}
public function Inserir(PojoUsuario $usuario) {
try {
$sql = "INSERT INTO usuario (
nome,
email,
senha,
ativo,
cod_perfil)
VALUES (
:nome,
:email,
:senha,
:ativo,
:cod_perfil)";
$p_sql = Conexao::getInstance()->prepare($sql);
$p_sql->bindValue(":nome", $usuario->getNome());
$p_sql->bindValue(":email", $usuario->getEmail());
$p_sql->bindValue(":senha", $usuario->getSenha());
$p_sql->bindValue(":ativo", $usuario->getAtivo());
$p_sql->bindValue(":cod_perfil",
$usuario->getPerfil()->getCod_perfil());
return $p_sql->execute();
} catch (Exception $e) {
print "Ocorreu um erro ao tentar executar esta ação, foi gerado
um LOG do mesmo, tente novamente mais tarde.";
GeraLog::getInstance()->inserirLog("Erro: Código: " .
$e->getCode() . " Mensagem: " . $e->getMessage());
}
}
public function Editar(PojoUsuario $usuario) {
try {
$sql = "UPDATE usuario set
nome = :nome,
email = :email,
senha = :senha,
ativo = :ativo,
cod_perfil = :cod_perfil WHERE cod_usuario = :cod_usuario";
$p_sql = Conexao::getInstance()->prepare($sql);
$p_sql->bindValue(":nome", $usuario->getNome());
$p_sql->bindValue(":email", $usuario->getEmail());
$p_sql->bindValue(":senha", $usuario->getSenha());
$p_sql->bindValue(":ativo", $usuario->getAtivo());
$p_sql->bindValue(":cod_perfil", $usuario->getPerfil()->
getCod_perfil());
$p_sql->bindValue(":cod_usuario", $usuario->getCod_usuario());
return $p_sql->execute();
} catch (Exception $e) {
print "Ocorreu um erro ao tentar executar esta ação, foi gerado
um LOG do mesmo, tente novamente mais tarde.";
GeraLog::getInstance()->inserirLog("Erro: Código: " . $e->
getCode() . " Mensagem: " . $e->getMessage());
}
}
public function Deletar($cod) {
try {
$sql = "DELETE FROM usuario WHERE cod_usuario = :cod";
$p_sql = Conexao::getInstance()->prepare($sql);
$p_sql->bindValue(":cod", $cod);
return $p_sql->execute();
} catch (Exception $e) {
print "Ocorreu um erro ao tentar executar esta ação, foi gerado
um LOG do mesmo, tente novamente mais tarde.";
GeraLog::getInstance()->inserirLog("Erro: Código: " . $e->
getCode() . " Mensagem: " . $e->getMessage());
}
}
public function BuscarPorCOD($cod) {
try {
$sql = "SELECT * FROM usuario WHERE cod_usuario = :cod";
$p_sql = Conexao::getInstance()->prepare($sql);
$p_sql->bindValue(":cod", $cod);
$p_sql->execute();
return $this->populaUsuario($p_sql->fetch(PDO::FETCH_ASSOC));
} catch (Exception $e) {
print "Ocorreu um erro ao tentar executar esta ação, foi gerado
um LOG do mesmo, tente novamente mais tarde.";
GeraLog::getInstance()->inserirLog("Erro: Código: " . $e->
getCode() . " Mensagem: " . $e->getMessage());
}
}
private function populaUsuario($row) {
$pojo = new PojoUsuario;
$pojo->setCod_usuario($row['cod_usuario']);
$pojo->setNome($row['nome']);
$pojo->setEmail($row['email']);
$pojo->setSenha($row['senha']);
$pojo->setAtivo($row['ativo']);
$pojo->setPerfil(ControllerPerfil::getInstance()-
>BuscarPorCOD($row['cod_perfil']));
return $pojo;
}
}
?>
Temos na listagem acima toda a classe apenas para que você possa acompanhar por completo a utilização do da aplicação, mas vamos pegar apenas 1 método e estudá-lo.
public function Deletar($cod) {
try {
$sql = "DELETE FROM usuario WHERE cod_usuario = :cod";
$p_sql = Conexao::getInstance()->prepare($sql);
$p_sql->bindValue(":cod", $cod);
return $p_sql->execute();
} catch (Exception $e) {
print "Ocorreu um erro ao tentar executar esta ação, foi gerado
um LOG do mesmo, tente novamente mais tarde.";
GeraLog::getInstance()->inserirLog("Erro: Código: " . $e->
getCode() . " Mensagem: " . $e->getMessage());
}
}
O PDO é criado no arquivo conexao.php, por isso utilizamos o código Conexao::getInstance()->prepare($sql), é nesta linha que ao mesmo tempo que capturamos a instância do PDO da memória, já passamos a ele o SQL a ser preparado. O PDO irá pegar sua SQL e implementar os escapes necessários e segurança necessária. A única coisa que você precisará fazer é passar os parâmetros definidos no SQL com o método bindValue e executar sua Query com o método execute().
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