SOA - Engenharia de Software 35

Do que trata o artigo

Este artigo apresenta os principais conceitos da Arquitetura Orientada a Serviços (SOA - Service Oriented Architecture) e explora a raz�o de utiliz�-la, abordando tamb�m a interoperabilidade, conceito-chave de SOA e de sistemas distribu�dos. Ser� apresentado como construir uma aplicaç�o dentro do estilo SOA atrav�s da utilizaç�o de Web Services e BPEL, demonstrando na pr�tica a integraç�o entre sistemas, interoperabilidade e o uso de ferramentas e tecnologias para criaç�o de serviços compostos.

Para que serve

Uma importante necessidade para neg�cios e TI � a interoperabilidade, que pode ser descrita como a habilidade de diferentes sistemas se comunicarem uns com outros. A Arquitetura Orientada a Serviços � uma abordagem que pode oferecer interoperabilidade e ajudar os sistemas a permanecerem escal�veis e flex�veis enquanto crescem, al�m de melhorar o alinhamento entre TI e neg�cio. V�rias tecnologias importantes e padr�es t�m sido definidos para suportar uma infraestrutura SOA. Uma das poss�veis maneiras de implementar SOA � usando Web Services, que s�o baseados em um conjunto de padr�es amplamente aceitos e utilizados, que cobrem a interoperabilidade.

Em que situaç�o o tema � �til

SOA permite que empresas façam mudanças mais rapidamente quando necess�rio, economizando tempo e dinheiro. Atrav�s do alinhamento entre necessidades de neg�cio e a capacidade da TI de atender a essas necessidades, SOA ajuda a tornar a organizaç�o mais �gil atrav�s de reusabilidade, diminuindo o custo de desenvolvimento, integraç�o e manutenç�o.

Autores: Leandro Wong Kong San e Marco Ant�nio Pereira Ara�jo

As grandes corporaç�es de hoje querem flexibilidade, agilidade, reduç�o de custos, melhora na efici�ncia das pessoas e dos processos, e responder rapidamente a mudanças. Desafios e oportunidades surgem a cada dia e as empresas devem ser �geis para redefinir e adaptar seu modelo de neg�cios, processos e estruturas organizacionais. Por�m, existe o problema da lacuna entre neg�cio e a TI. A unificaç�o de uma organizaç�o atrav�s do alinhamento entre TI com neg�cio traz uma maior flexibilidade, aumento na agilidade e produtividade. A TI passa a entender profundamente as prioridades de neg�cios e as informaç�es fornecidas pelos sistemas acabam sendo mais precisas e no prazo adequado. SOA possibilita que isto seja feito de forma a atender as necessidades da organizaç�o como um todo.

Al�m disso, estas empresas dependem de sistemas e aplicativos para funcionar e este ambiente computacional est� se tornando cada vez mais heterog�neo e complexo. Construir, executar e gerenciar aplicaç�es em um ambiente deste tipo � uma tarefa dif�cil. SOA permite que empresas façam mudanças mais rapidamente quando necess�rio, economizando tempo e dinheiro. Atrav�s do alinhamento entre necessidades de neg�cio e a capacidade da TI de atender a essas necessidades, SOA ajuda a tornar a organizaç�o mais �gil atrav�s da aplicaç�o de reusabilidade, diminuindo o custo de desenvolvimento, integraç�o e manutenç�o.

O reuso de aplicaç�es pode ser feito atrav�s da combinaç�o de v�rios serviços expostos pelas aplicaç�es existentes. Os desenvolvedores n�o precisam criar aplicaç�es totalmente novas, reduzindo o tempo do processo de desenvolvimento. E como SOA � baseado em padr�es, os desenvolvedores n�o precisam gastar tempo aprendendo as v�rias novas tecnologias que surgem a cada dia. Isto significa reduç�o nos custos da empresa ao deixar de comprar novas aplicaç�es e na contrataç�o de desenvolvedores com algum conhecimento novo ou espec�fico.

Assim, SOA � uma estrat�gia que inclui aspectos t�cnicos e organizacionais. No mundo da computaç�o distribu�da, processos de neg�cios s�o distribu�dos e � necess�rio que haja interoperabilidade entre diferentes sistemas.

Interoperabilidade

Muitos sistemas em uma grande empresa n�o foram desenvolvidos para serem capazes de se comunicar com outros sistemas. Eles foram desenvolvidos com interfaces, protocolos propriet�rios e formas de comunicaç�o diferentes dificultando muito a integraç�o. Para permitir que aplicaç�es empresariais possam se comunicar, s�o utilizados padr�es e formatos de arquivos entre os sistemas. Isso pode ser bom para algum tipo de integraç�o pequena, mas pode ser invi�vel quando o n�mero de aplicaç�es a serem integradas se torna grande. A Figura 1 mostra os problemas com a integraç�o tradicional.

Figura 1. Sistemas com protocolos propriet�rios

A Figura 1 mostra que, para que um sistema se comunique com o outro, o integrador de sistemas teria que aprender novas tecnologias e novas Interfaces de Programaç�o de Aplicativos (APIs) de cada sistema para que pudesse realizar a integraç�o. Para integrar dois ou tr�s sistemas, n�o haveria muito problema, por�m a integraç�o de v�rios sistemas seria complicada.

Estas mesmas empresas possuem sistemas novos e os chamados sistemas legados, distribu�dos em um cen�rio de alta heterogeneidade tecnol�gica. Interoperabilidade � um requisito fundamental em um ambiente desses. Segundo Josuttis (2008), �interoperabilidade � a habilidade dos sistemas diferentes se comunicarem uns com os outros�.

Existem v�rias abordagens para construir sistemas que atendam aos requisitos da interoperabilidade. Uma delas � SOA. Na vis�o de SOA, a interaç�o entre clientes e serviços fracamente acoplados demonstra ampla interoperabilidade. Esse � o objetivo desta arquitetura: interoperabilidade entre diferentes plataformas e linguagens de programaç�o. Clientes e serviços devem se comunicar e se entender independente da plataforma. Para isso, devem usar uma forma padronizada de se comunicar. Com o advento do XML e da sua grande aceitaç�o, os sistemas, hoje, podem ser integrados mais facilmente. Os sistemas passam a �conversar� utilizando a mesma �linguagem�."

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