RAD com o Visual Studio LightSwitch
Este artigo traz os principais elementos do sistema LightSwitch como a criação de telas, controle de acesso e depuração de aplicações, além de como utilizá-lo e as vantagens e desvantagens desse sistema
O conceito aqui é o desenvolvimento
rápido de aplicações, baseando-se principalmente nos dados que ela irá mostrar
ao usuário. Este artigo traz os principais elementos desse sistema, como a
criação de telas, controle de acesso e depuração de aplicações, além de como
utilizá-lo e as vantagens e desvantagens desse sistema.
Hoje em dia, grande parte dos desenvolvedores está concentrada em criar aplicações comerciais - LOB (Line of Business). Essas aplicações possuem uma série de similaridades que podem ser exploradas para acelerar o desenvolvimento, evitando que os programadores precisem realizar a mesma tarefa várias vezes, ou via código, e o conceito de Rapid Application Development se baseia nisso.
Ele envolve uma série de técnicas que podem ser utilizadas pelos desenvolvedores para aumentar a produtividade e diminuir o Time to Market.
O desenvolvimento de aplicações LOB traz uma série de desafios, que vão desde a sua concepção, passando pelo desenvolvimento em si e chegando à manutenção do produto. O primeiro problema é que o desenvolvimento em cascata, comum na maioria dos softwares, não funciona muito bem com aplicações LOB.
Todos os projetos atuais desse tipo precisam estar atentos às constantes mudanças que acontecem durante as muitas etapas do desenvolvimento, o que significa que o que foi definido a priori muitas vezes não é o esperado ao final do projeto.
Além disso, aplicações LOB muitas vezes necessitam de feedback por parte dos clientes, para garantir que o produto é aquilo que eles esperam. E essa necessidade de feedback muitas vezes leva a criação de protótipos.
O que se observa muitas vezes é que a criação de protótipos pode levar a um gasto desnecessário de tempo e é aí que entra o RAD. Essa metodologia utiliza um planejamento mínimo e uma rápida prototipagem, o que irá acelerar o desenvolvimento da aplicação de forma geral.
Pensando nisso, a Microsoft trouxe o Visual Studio LightSwitch. Essa ferramenta é responsável por trazer as técnicas do RAD para o desenvolvimento de aplicações LOB e facilita muito o desenvolvimento de aplicações centradas em dados. O grande negócio por traz do LightSwitch é permitir que pessoas com pouco conhecimento de desenvolvimento possam desenvolver suas próprias aplicações.
Essa ferramenta veio para preencher uma lacuna que existia entre todo o poder que o Visual Studio trazia, com toda a sua flexibilidade, e a facilidade de desenvolvimento com o Access, que traz pouca ou nenhuma flexibilidade.
O LightSwitch é especificamente voltado para um tipo de aplicação, mas dentro desse escopo, traz bastante flexibilidade para quem conhece a ferramenta e sabe as melhores formas de utilizá-la.
Rapid Application Development
RAD é uma metodologia de desenvolvimento e, como o próprio nome sugere, o objetivo primário é o desenvolvimento rápido de aplicações. Trata-se de uma metodologia extremamente útil, por permitir que o desenvolvimento de software seja realizado com mais rapidez.
É claro que essa velocidade cobra algum preço. No caso do RAD, a prototipagem é feita de forma diferente, para acelerar os processos, bem como o planejamento da aplicação é feito, em grande parte, ao longo do desenvolvimento, sem aqueles documentos altamente complexos e grandes da maioria das aplicações baseadas, por exemplo, no modelo em cascata.
É importante notar que o RAD não é uma única metodologia particular. É mais como um conjunto de metodologias concretas que confiam em interações com o futuro usuário baseadas em protótipos simples.
Com isso, o RAD inclui muitos métodos ágeis de desenvolvimento (BOX 1), como Scrum, XP (Extreme Programming), LD (Lean Software Development) e JAD (Joint Application Development).
BOX 1. Metodologias ágeis de desenvolvimento
As metodologias ágeis de desenvolvimento propõe um conjunto de alternativas aos projetos de software tradicionais. O objetivo é abrir mão de boa parte da documentação em busca de um desenvolvimento veloz e com muita interação com o cliente. Os principais métodos ágeis são:
- Scrum: é um método muito simples e flexível. É tido como a porta de entrada para as metodologias ágeis devido a isso, e é muito utilizado. Enfatiza o feedback empírico, a autoadministração do trabalho em equipe e pequenas interações com os clientes.
- XP: trata-se de um método que se baseia na satisfação do cliente. Trata-se de um processo para entregar o software que o cliente precisa quando ele precisa, passo a passo.
- LD: metodologia que se baseia em sete princípios básicos: eliminar extras, construir qualitativamente, criar conhecimento, adiar o compromisso (decidir o mais tarde possível), entregar rapidamente, respeitar o usuário e otimizar.
A grande vantagem das metodologias ágeis é que elas fornecem ao cliente a possibilidade de verificar como o projeto está se encaminhando enquanto ele está sendo desenvolvido. Isso praticamente garante que o desenvolvimento irá à direção que o cliente deseja, e que o produto de software final terá tudo que o cliente precisa.
A grande força por trás do RAD é que não existe nenhum tipo de retrabalho nos projetos. Como é sabido, em grande parte dos projetos, o retrabalho se dá por falta de qualidade em uma determinada funcionalidade ou falhas na mesma, ou por adição de funcionalidades desnecessárias.
Como o RAD é baseado em constantes trocas de informação entre o desenvolvedor e o usuário, bem como constantes testes, há a garantia de que não haverá problemas nesses quesitos.
Algumas ferramentas antigas de desenvolvimento RAD que tiveram destaque em suas épocas, e ainda tem certo destaque agora, são o Visual Basic, o Microsoft Access e o Delphi. O primeiro é considerado uma ferramenta RAD porque, embora seja uma linguagem de programação, teve como principal objetivo acelerar o desenvolvimento, que não era muito simples com a utilização de C e C++.
Foi a primeira linguagem a realmente alterar o foco do desenvolvimento: de orientada a código para orientada à interface de usuário. Já o Access permite a criação de aplicações voltadas a dados muito simples, e sem muitos detalhes de interface. Por fim, o Delphi fornecia ferramentas para o desenvolvimento orientado a objetos. "
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