Por que Java? - Revista Java Magazine 100

Neste artigo abordamos a questão sobre o Java ter se tornado uma tecnologia “legada”, a ser evitada em novos projetos, ou se o Java permanece como uma das principais plataformas para desenvolvimento de software.

De que se trata o artigo:

Neste artigo abordamos a questão sobre o Java ter se tornado uma tecnologia “legada”, a ser evitada em novos projetos, ou se o Java permanece como uma das principais plataformas para desenvolvimento de software, especialmente para dispositivos móveis e na nuvem.

Em que situação o tema útil:

Estudantes e profissionais iniciando no meio de desenvolvimento de software, ou necessitando se reciclar para o moderno desenvolvimento web, e tomadores de decisões, como líderes de projetos e gerentes de TI, encontrarão aqui argumentos e fatos para justificar a opção pela plataforma Java e refutar a maioria das razões em contrário.

Resumo DevMan:

Este artigo avalia afirmações frequentes na blogosfera sobre o declínio da plataforma Java no mercado e mostra a sua importância concreta para o futuro do meio de TI na computação móvel e em nuvem. Em seguida avalia afirmações sobre a complexidade e “engessamento” da plataforma Java, mostrando que ela ainda representa o estado da arte em desenvolvimento de software. Por fim, apresenta estatísticas de ofertas de emprego no Brasil e nos EUA, mostrando que Java continuará sendo pelos próximos anos a plataforma mais interessante para o profissional de TI se especializar.

Muitos vêm sugerindo ultimamente que Java é uma plataforma “velha”, que está com dificuldades de acompanhar as inovações de ambientes como Ruby, Scala e a Nuvem. Java já foi chamada de “o novo COBOL”, sugerindo que ela não vai desaparecer tão cedo dos CPDs das grandes empresas, mas que seu tempo já passou, e novos projetos deveriam ser feitos em outra linguagem. Mas isto será mesmo verdade?

Esta questão tem dois lados: o lado da atualização tecnológica (será que as inovações ainda estão surgindo dentro do Java, ou as que surgem em outras linguagens estão sendo rapidamente incorporadas?) e o mais mundano, da adoção pelas empresas e empregabilidade do profissional. A conclusão é que, em ambos os lados, a análise dos fatos mostra que Java ainda tem tudo para se manter como a principal plataforma de TI por muitos anos à frente.

Java em Smartphones e Tablets

Hoje a empolgação no mundo do desenvolvimento de software está na computação móvel e de nuvem. No ritmo acelerado de evolução da Web, tem destaque a programação dentro do próprio navegador (aplicações Ajax escritas em JavaScript); a programação para os ambientes nativos dos SOs para Smartphones e Tablets, em especial iOS e Android; e os serviços REST oferecidos por Amazon, Facebook, Google e outros. Em comparação com este universo o Java EE fica parecendo tão “Web 1.0”, com seus frameworks MVC e padrões WS-* para serviços SOAP. Sem falar na pobreza de aplicações Java ME, que por sinal nem são suportadas pelos Smartphones atuais.

É verdade que o ambiente preferencial de desenvolvimento para o Android é Java, mas é um Java modificado, rodando na Dalvik VM (que não é uma Java VM) e baseado em um modelo de programação que não tem nada a ver com as APIs Swing, MIDP, nem com o mais recente Java FX. Tanto que a Oracle está na justiça contra o Google, por conta do aproveitamento de partes do Java no Android.

Mas esta briga entre Oracle e Google não é o fim do mundo para o Java. O pior cenário que pode acontecer como consequência desta briga é o Google e fabricantes de dispositivos Android, como a Samsung, pagarem royalties e indenizações para a Oracle. Os processos da Oracle, Microsoft e Apple contra fabricantes de celulares Android existem justamente porque elas não estão conseguindo vencê-los com melhores produtos, e querem uma fatia do bolo. Sabiam que a Microsoft hoje recebe mais dinheiro com royalties de fabricantes que consideraram mais barato fazer acordo do que levar a questão a julgamento (por exemplo, a HTC) do que pelas licenças dos fabricantes de celulares Windows Phone?

Por outro lado, empresas como Google, Barnes & Noble e Samsung têm porte financeiro suficiente para comprar a briga na justiça. E não se pode negar o crescimento da plataforma Android no mercado, que já domina tanto como um todo quanto se considerarmos fabricantes individuais (em Novembro a Samsung ultrapassou a Apple em Smartphones), e nem o fato de que para desenvolver em Android é necessário conhecer Java e usar ferramentas Java como o JDK e o Eclipse."

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