Modelos de Dados Federados – Parte 2

Este artigo apresenta como estender modelos de dados de referência utilizando uma arquitetura de federação. A estrutura apresentada permitirá evoluir bancos locais de maneira independente e sem perder a sincronia com o modelo global.

Artigo no estilo: Curso

Fique por dentro
Este artigo descreve um conjunto abrangente de procedimentos para estender modelos de dados de referência utilizando uma abordagem de arquitetura de federação.

A ideia é criar modelos federados (estendidos) “locais” que possam evoluir de maneira independente, sem perder a sincronia com o modelo referenciado, “global”. Modelos federados são úteis como aceleradores de projetos de customização, análises de aderência e modelagem de novos cenários.

Deste modo, este artigo será útil em todas as situações em que um modelo de referência for utilizado e precisar ser estendido para contemplar especificações globais e locais. O artigo pressupõe conhecimentos de modelagem de dados.

Na primeira parte deste artigo discorremos sobre a extensão de modelos de referência, utilizando como exemplo o problema de uma empresa multinacional, com sede nos Estados Unidos, que possui um modelo de dados corporativo e precisa estendê-lo para filiais em diferentes países, por exemplo, o Brasil.

Neste caso, o modelo de dados corporativo é desenvolvido na matriz da empresa, contendo os principais objetos de dados representativos do modelo de negócio global. Trata-se, tipicamente, de um modelo de dados lógico, com entidades, atributos e relacionamentos.

Como solução para o problema proposto, apresentamos uma abordagem de arquitetura de federação, através da qual seriam gerados modelos federados (FLDMs – Federated Logical Data Models) a partir do modelo corporativo (ELDM – Enterprise Logical Data Model). A Figura 1 ilustra os tipos de objetos do FLDM-BR, o modelo federado para a filial da empresa no Brasil.

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Figura 1. Objetos do modelo de dados federado para o Brasil.

Também discorremos sobre as principais questões relativas à criação e manutenção dos objetos corporativos, estendidos e locais, e regras foram apresentadas para a federação de entidades, atributos, relacionamentos e chaves.

A partir de agora, demonstraremos a aplicação de cada regra através de exemplos genéricos, focados no princípio de federação: “estender sempre, nunca alterar”.

Entidades e Atributos Locais

No modelo federado, podem ser criadas tantas entidades locais quanto forem necessárias, abrigando atributos exclusivamente locais, de forma a atender os requisitos de negócio específicos da localidade. A Figura 2 mostra algumas entidades locais genéricas do FLDM-BR.

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Figura 2. Criando entidades e atributos locais no modelo federado.

Entidades Estendidas

No modelo federado podem ser criadas entidades estendidas a partir de entidades corporativas, basicamente, com dois propósitos principais:

· Adicionar um atributo local (adicional) à entidade corporativa;

· Demonstrar um relacionamento entre uma entidade local e uma entidade corporativa.

Voltando ao exemplo do time de coração do cliente, poderíamos criar uma entidade local SOCCER TEAM para normalizar as ocorrências de times de futebol e, então, relacioná-la à entidade estendida CUSTOMER BR. Como não são permitidos relacionamentos locais para entidades corporativas, esta é a única forma de demonstrar a associação entre as entidades SOCCER TEAM e CUSTOMER."

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