Introdução ao Framework ORM Android JPDroid – Parte 1

Neste artigo será visto como persistir informações em aplicações Android utilizando o framework JPDroid, uma ótima opção para o mapeamento objeto-relacional.

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O JPDroid (Java Persistence For Android) é um framework ORM (Object-relational mapping) para plataforma Android que propõe facilitar o desenvolvimento de aplicações que necessitam persistir objetos no banco de dados SQLite, fugindo do tradicional modelo de utilização baseado em tabela e registro. O assunto discutido neste artigo é útil porque praticamente todas aplicações desenvolvidas necessitam persistir suas informações de alguma forma. Neste sentido, apresentaremos um recurso que irá facilitar bastante suas atividades no desenvolvimento destas aplicações
Autores: Rafael Centenaro e Robison Cris Brito

A persistência de dados é algo muito importante em qualquer aplicação, independente da plataforma (web, mobile ou desktop). Muitos especialistas em banco de dados costumam dizer que uma aplicação nada mais é do que a interface atraente para colocar e retirar dados de um banco de dados. Muitas aplicações manipulam Gigabytes de informações, e a forma de varrer e organizar estes dados, mostrando-os para o usuário é que faz muita diferença.

Na plataforma Android não é muito diferente. A persistência de dados é muito importante, ainda mais quando se trata de aplicações que precisam armazenar informações no próprio dispositivo, pois, neste caso, ao contrário do que acontece em aplicações web e desktop, existem muitas limitações como os recursos de processamento e armazenamento do dispositivo, a falta de opções de banco de dados para a plataforma e ainda as limitações na entrada e saída de dados dos devices.

O banco de dados padrão da plataforma Android é o SQLite, que já vem com o sistema operacional Android, não sendo necessária sua instalação posterior. Seu tamanho é de alguns Megabytes, mas seu grande diferencial é a robustez e a facilidade de uso, sendo comumente utilizado para outras plataformas, como desktop e web.

Assim como alguns dos bancos existentes hoje, o SQLite trabalha como se fosse um banco de dados relacional, armazenando as informações em bancos de dados, estes formados por tabelas, que por sua vez organizam os registros em colunas. A manipulação destes dados pode ser feita pela linguagem SQL, esse suportando a grande maioria dos recursos existentes no SQL tradicional.

Entretanto, para os adeptos da programação orientada a objetos, manipular um banco de dados relacional, utilizando apenas a sintaxe SQL, é voltar no tempo quando ainda se utilizava unicamente a programação estruturada. A orientação a objetos facilita muito a organização do código, o reuso de informação, e deixa o código fonte mais fácil de ser desenvolvimento e mantido. Visando facilitar o uso de banco de dados relacional em aplicações, foram criados os frameworks de mapeamento objeto relacional (ORM, do inglês Object-Relation Mapping), os quais abstraem a parte relacional de acesso ao banco de dados. Para o programador, o acesso ao banco é feito de forma orientada a objetos utilizando classes, objetos, manipulando seus atributos e métodos.

Visando facilitar o uso de banco de dados relacional com os fundamentos da programação orientada a objetos, foram criados os frameworks de mapeamento objeto relacional (ORM, do inglês Object-Relation Mapping), os quais abstraem a parte relacional de acesso ao banco de dados através de diversos métodos como, por exemplo, métodos para operações de CRUD (Create, Read, Update e Delete). Esses frameworks reduzem também a necessidade de escrever códigos para conexão e queries SQL.

É importante esclarecer que a utilização de um framework ORM não substitui totalmente as consultas SQL, pois em alguns casos onde a consulta seja complexa, será necessário escrever queries SQL que também são suportadas pelos frameworks."

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