HTTP: Verbos
A ideia geral é a seguinte: seu serviço vai prover uma url base e os verbos HTTP vão indicar qual ação está sendo requisitada pelo consumidor do serviço.
A ideia geral é a seguinte: seu serviço vai prover uma url base e os verbos HTTP vão indicar qual ação está sendo requisitada pelo consumidor do serviço.
Guia do artigo:
Por exemplo, considerando a URL www.dominio.com/rest/notas/, se enviarmos para ela uma requisição HTTP utilizando o verbo GET, provavelmente obteremos como resultado uma listagem de registros (notas, nesse caso). Por outro lado, se utilizarmos o verbo POST, provalmente estaremos tentando adicionar um novo registro, cujos dados serão enviados no corpo da requisição.
Da mesma forma, a URL www.dominio.com/rest/notas/1, por exemplo, poderia ser usada para diferentes finalidades, dependendo do verbo enviado na requisição. No caso do GET, essa URL provavelmente deveria nos retornar o registro de ID 1 (nesse caso, a nota de ID = 1). Já o verbo DELETE indicaria que desejamos remover esse registro.
Repare que a URL se mantém – o verbo indica o que estamos fazendo de fato. Por exemplo, não precisamos disponibilizar no serviço uma URL como /notas/listar ou /notas/remover/1.
Exemplo prático
Os exemplos a seguir foram feitos utilizando a extensão Postman, do Google Chrome, para comunicar com a API http://devmedianotesapi.azurewebsites.net, criada no curso Criando serviços RESTful em .NET. Contudo, os conceitos apresentados aqui podem ser aplicados a outras tecnologias, uma vez que REST é um padrão e independe de linguagem.
Verbo GET
Sem passagem de ID: vai retornar todas as notas (ou as notas mais recentes, isso cabe a regra de negócio da aplicação), como mostra a Figura 1.
Com passagem de ID: vai retornar a nota com ID especificado, como mostra a Figura 2.
Verbo POST
Normalmente usado sem passagem de parâmetro – usado para criar uma nova nota, como mostra a Figura 3.
Verbo DELETE
Usado para remover o recurso (por exemplo uma nota): utilize com passagem de ID, como mostra a Figura 4.
Verbo PUT
Normalmente usado com parâmetro: Use para editar o recurso – neste exemplo, uma nota, como mostra a Figura 5.
Para resolver essa questão de forma elegante a comunidade adotou, por convenção, o uso de um quinto verbo HTTP: PATCH.
Verbo PATCH
Usado para editar o recurso sem a necessidade de enviar todos os atributos – o consumidor envia apenas aquilo que de fato foi alterado (mais o ID como parâmetro, para que o serviço saiba o que vai ser alterado).
Padrões de resposta do serviço
A documentação indica que o serviço pode retornar o resultado em diversos formatos – JSON, XML, texto plano, etc. Contudo, atualmente o formato mais adotado tem sido o JSON, por seu formato leve, legível e sua fácil interpretação por diversas tecnologias.
Além disso, o protocolo HTTP dispõe de diveros códigos (ou status) que devem ser incluídos na resposta, indicando o resultado do processamento.
Os códigos iniciados em "2" indicam que a operação foi bem sucedida. Nessa categoria temos, por exemplo, código 200 (OK), iniciando que o método foi executado com sucesso; 201 (Created) quando um novo recurso foi criado no servidor; e 204 (No Content) quando a requisição foi bem sucedida, mas o servidor não precisa retornar nenhum conteúdo para o cliente
Já os códigos iniciados em "4" indicam algum erro que provavelmente partiu do cliente. Por exemplo, o código 400 (Bad Request) indica que a requisição não pôde ser compreendida pelo servidor, enquanto o 404 (Not Found) indica que o recurso não foi localizado.
Há, ainda, os códigos que indicam erro do lado do servidor. Nesse caso, eles iniciam com "5", como o 500 (Internal Server Error), que indica que ocorreu um erro internamente no servidor que o impediu de processar e responder adequdamente a requisição.
Pra conhecer todos os status do HTTP, você pode consultar a especificação do protocolo.
Referência rápida para APIs
Na Tabela 1 a seguir temos cada ação em CRUD que pode ser implementada por um servidor e os códigos de retorno associados a elas. Use como fonte de consulta em suas próprias APIs.
Verbo HTTP | Ação | Geral (p.ex. /notas) | Específico (p.ex /notas/) |
POST | Criar | 201 Created | 404 Not Found 409 Conflict |
GET | Ler | 200 OK | 200 OK 404 Not Found |
PUT | Atualizar | 405 Method Not Allowed | 200 OK 204 No Content 404 Not Found, |
PATCH | Modificar parcialmente | 405 Method Not Allowed | 200 OK 204 No Content. 404 Not Found |
DELETE | Excluir | 405 Method Not Allowed | 200 OK 404 Not Found |
Diferenças entre PUT e POST
Encontramos na literatura indicações de que apenas três verbos são suficientes para um CRUD completo: GET, DELETE e PUT – sendo o PUT utilizado para criar ou editar um recurso.
Interpretando a documentação, temos o seguinte: PUT é usado para criar ou editar um recurso, enquanto POST pode ser utilizado para qualquer coisa, cabendo ao back-end a definição dessa semântica.
O mundo não-acadêmico, no entanto, adotou por convenção o uso do POST para incluir e do PUT para alterar – e em situações de programação mais elegantes, também o uso de PATCH para editar parcialmente.
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