Entenda como funciona o Design Support Library

Este artigo discute a Design Support Library. Através dela é possível adequar aplicações Android ao conceito de Material Design, que é o novo conceito de interface com usuário trabalhado pela Google.

Fique por dentro
No ano de 2014 o Google lançou o Material Design e o definiu como uma “linguagem visual que sintetiza os princípios clássicos de design (...)”.

Além, é claro, de uma melhoria no design das aplicações, trouxe diversos componentes que promovem maior usabilidade e experiência de usuário.

Juntamente com o Material Design, o Android lançou uma biblioteca denominada Design Support Library, que contempla diversos componentes que nasceram no Material Design, permitindo que esses sejam aplicados a versões mais antigas, como a versão 2.1. Este artigo será útil para quem quer conhecer a implementação e funcionamento desses componentes, podendo assim migrar, de forma fácil e eficiente, para o material design.

Foram intensos estudos da equipe Android, desde a criação da plataforma até chegar à criação do conceito Material Design, para prover um modelo consistente de aplicação, bem como originar padrões relacionados à interface gráfica, usabilidade e experiência de usuário.

O material design não é considerado somente uma nova interface gráfica para as aplicações Android, ele abrange um novo conceito que está baseado em três pilares: metáfora, intenção e movimento.

A metáfora está baseada na teoria de espaço e movimento, que está ligada ao mundo real. Ou seja, quanto mais próximo uma aplicação estiver do mundo real, mais fácil o usuário irá associar e entender seu conteúdo, o que ele retorna e como ele poderá interagir com os componentes.

A intenção está ligada à maneira como será possível mostrar esses elementos para o usuário, fazendo com que ele possa interagir sem maiores dificuldades. Para melhorar os feedbacks, ou respostas provenientes de ações tomadas, o Material Design traz o conceito de intenção, que está também associado ao visual.

Em outras palavras, o usuário deve entender o que os componentes fazem e como interagem somente ao olhar para eles.

Uma das características para demonstrar intenção dos elementos é destacar aqueles que necessitam estar em foco, e para isso utiliza-se elementos visuais que deem esse feedback ao usuário, como também o modo negrito em situações em que uma maior visibilidade é necessária.

O último pilar do material design possui grande importância e vem sendo muito estudado na plataforma Android: o movimento. Segundo a teoria de material design, o movimento traz significado, ou seja, consegue retornar para o usuário um resultado de ações tomadas. Um exemplo bem clássico disso é um efeito ao pressionar um botão.

Muitas vezes a falta de feedback pode fazer com que um usuário desinstale uma aplicação ao ver que ela não retorna resultado algum.

Portanto, as animações ou movimentos aplicados a certos componentes quando esses sofrem algum tipo de interação, podem aumentar a retenção do número de usuários, fazendo com que uma aplicação seja utilizada constantemente.

Após um ano de lançamento do conceito Material Design houve o lançamento de uma biblioteca que continha diversos de seus componentes, uma verdadeira inovação, pois essa biblioteca oferece retrocompatibilidade, ou seja, é possível utilizar os componentes oferecidos por ela desde versões mais antigas do Android, como a 2.1, até as últimas versões da plataforma.

Isso possibilitou um leque de oportunidades, fazendo com que diversos componentes do Material Design fossem utilizados em aplicações que suportavam versões antigas.

Com a utilização desses componentes houve uma padronização das aplicações Android, já que as guidelines do Material Design propõem essa padronização. Com o passar do tempo, grande parte dos aplicativos já estavam aplicando os conceitos do Material Design, e parte desse advento foi possível graças à Design Support Library.

A Design Support Library contempla diversos componentes que, ao serem utilizados em uma aplicação, proporcionam que essa esteja mais próxima do conceito de Material Design.

Ao utilizar essa biblioteca é preciso lembrar que ela não age sozinha, deve-se estar atento a todas as guidelines que o Material Design sugere, que podem ser vistas no link mencionado neste artigo na seção Links. As guidelines não são de uso obrigatório, porém, ao serem seguidas, proporcionam maior usabilidade e uma boa experiência para o usuário.

O objetivo principal da Design Support Library é oferecer recursos e funcionalidades presentes nas ultimas versões do Android para que sejam aplicadas às versões mais antigas, com o intuito de propagar os conceitos de Material Design a todos os usuários, conquistando-os pelo ganho em fatores como melhor usabilidade e grande experiência ao utilizar as aplicações e, é claro, fazendo cada vez mais com que usuários adquiram dispositivos com sistema operacional Android. O Material Design auxiliou no reengajamento de usuários, e a Design Support Library veio para expandir esse conceito a usuários que utilizam versões anteriores.

Design Support Library

A Design Support Library é formada por um conjunto de componentes, criados com base no conceito de Material Design, que podem ser utilizados em versões Android mais antigas e, devido a esse fato, possuem a palavra “support” em seu nome.

Desde o início, o Android utiliza a palavra support para designar bibliotecas que oferecem o mesmo componente ou feature para ser utilizada em versões mais antigas. Assim, um usuário que possui uma versão 2.2 poderá usufruir de componentes ou funcionalidades que estariam presentes somente em versões mais recentes.

A Design Support Library teve seu lançamento no ano de 2015 no Google IO, evento mundial em que o Google anuncia todas as novidades relacionadas a seus produtos, incluindo funcionalidades e melhorias da plataforma Android.

O conceito de material design já havia sido lançado e estava presente em alguns aparelhos, os quais haviam recebido atualização do sistema, versão 5.0.

Nem todos os aparelhos receberam essa atualização, que foi sendo disseminada aos poucos. Além disso, uma pessoa que possuísse uma versão 2.2 não veria os componentes Material Design, pois eles estavam presentes somente na versão 5.0.

Na época, esse anúncio foi recebido com grande apreço pelos desenvolvedores, que estavam encantados com os conceitos trazidos pelo Material Design. Em seguida, algumas empresas começaram a investir nessa nova identidade visual. Não demorou muito para que algumas aplicações mais famosas estivessem com o novo conceito." [...] continue lendo...

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