Desenvolvimento Android no Delphi

Neste artigo vamos aprender a desenvolver, em Delphi, um aplicativo mobile para Android para recolher assinaturas dos usuários.

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Muitas empresas necessitam de profissionais capacitados a desenvolver aplicações móveis, sendo que muitas delas ainda utilizam o Delphi como principal ferramenta de desenvolvimento, principalmente devido a sua facilidade de uso e possibilidade de compilação para diversas plataformas distintas sem grandes necessidades de alteração no código já escrito. Dessa forma, este artigo tem como objetivo demonstrar a criação de uma aplicação mobile completa, a qual permite o recebimento de assinaturas dos usuários e o envio das mesmas por e-mail.

Segundo dados do Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI-Brasil), aproximadamente 81,5 milhões de pessoas acessam a internet através do celular, portanto faz sentido dar atenção ao desenvolvimento de aplicações mobile. Porém, os diversos sistemas operacionais mobile presentes no mercado (iOS, Android, etc.) complicam o desenvolvimento, já que, se o objetivo for atingir todos os SOs (ou a maioria), se torna necessário construir uma aplicação para cada sistema alvo, cada uma desenvolvida com uma linguagem de programação distinta.

Dessa forma, surgem ferramentas que permitem a criação de programas para diversas plataformas usando um só código e diferentes compiladores nativos. Com isso não precisamos mais ser especialistas em uma ferramenta nem ter conhecimentos em HTML 5 ou JavaScript.

A ferramenta escolhida para este artigo, o RAD Studio 10 Seattle — da Embarcadero —, permite o desenvolvimento para as três principais plataformas móveis utilizadas no país (Google Android, iOS e Windows). Porém, como cerca de 91% das pessoas utilizam aparelhos com alguma versão do Android, este artigo focará no desenvolvimento para o sistema operacional do Google.

A aplicação de recolhimento de assinaturas

É muito comum que empresas prestadoras de serviços dos mais variados setores requeiram de seus usuários a assinatura de documentos que comprovem a finalização e concordância do usuário com o serviço realizado (muito comum com entregas expressas). Em geral, essas assinaturas são recolhidas em documentos pré-impressos, sendo que muitas das vezes é preciso que uma via desse documento seja entregue ao usuário do serviço e outra permaneça em posse da prestadora.

No entanto, papéis, além de não serem a melhor opção para armazenamento de uma informação, por permitirem fácil extravio e serem muito suscetíveis a danos, geram volume físico. Com o passar do tempo, esse crescente volume se torna um problema, requerendo cada vez mais espaço, exigindo maiores investimentos em meios de depósito e gerando, portanto, gastos. Logo, substituir esses documentos pelos seus correspondentes em meio digital torna-se uma solução viável no curto, médio e longo prazo.

Ainda nesse contexto, ressaltamos que exigir do usuário que o mesmo possua certificado digital para assinatura do documento não se mostra uma solução viável, já que pode custar caro principalmente para quem está começando, devido à burocracia. A proposta mais aceitável passa a ser, então, o desenvolvimento de um sistema que permita ao usuário realizar a assinatura a partir da tela do dispositivo, como se estivesse assinando em papel. Essa é uma técnica já utilizada por algumas empresas e que, a partir da leitura deste artigo, poderá ser oferecida também pelo leitor.

Configurando o emulador

É possível compilar e executar o código desenvolvido em um emulador ou diretamente em um dispositivo, desde que esse esteja conectado ao computador. Para iniciar a configuração do emulador, utilizando o sistema operacional Windows, clique em Iniciar > Todos os Programas > Embarcadero RAD Studio 10 Seattle > Android AVD Manager.

Na tela que será aberta selecione a aba Device Definitions, onde serão apresentados vários emuladores que são instalados juntamente com o RAD Studio. Selecione o Galaxy Nexus (ou qualquer outro emulador de sua preferência), como pode ser observado na Figura 1, e clique em Create AVD.

Figura 1. Configurando o emulador Android - Parte I

Depois de realizada a instalação, será apresentada uma tela para configuração do emulador. Mantenha a maior parte das informações inalteradas — as configurações básicas de qualquer emulador criado já nos permitem realizar as atividades que precisamos sem problemas. Entretanto, algumas devem ser configuradas, tais como: skin (procurando o layout que melhor se enquadre na resolução de sua tela), internal storage (memória interna, permitindo que suas aplicações sejam armazenadas sem problemas) e SD Card (define o espaço do cartão de memória do dispositivo, em muitos casos seu uso pode ser interessante). Marque a opção USE HOST GPU, fazendo com que sejam utilizadas as bibliotecas do OpenGL do próprio computador, deixando a experiência com o emulador mais agradável/veloz. Para finalizar, clique em OK, como mostra a Figura 2.

Figura 2. Configurando o emulador Android - Parte II

Agora que o emulador está criado e configurado, na aba "

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