Desenvolvimento Ágil: O papel do PMO no mundo Ágil

Veja nesse artigo qual o papel do PMO no mundo Ágil e como está sua implementação pelas fábricas de software.

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A crescente adoção dos métodos ágeis por empresas do seguimento de desenvolvimento de software, independentemente de seu porte, já começa a afetar as estruturas tradicionais de gerenciamento de projetos. Trata-se de uma mudança na cultura nestas organizações. O escritório de projetos e o executivo de projetos passaram a ter outras e novas preocupações e responsabilidades para ajudar a garantir o sucesso dos projetos. Neste artigo iremos descrever como os executivos de projeto devem se adequar a esta realidade do mundo ágil.

De acordo com os princípios do PMI (Project Management Institute), entidade responsável pela divulgação e padronização de boas práticas em Gerenciamento de Projetos, através da publicação do guia PMBOK (Project Management Body of Knowledge), o corpo de conhecimentos em Gestão de Projetos, recomenda-se a existência do chamado Escritório de Projetos (PMO). Nas empresas de maior porte pertencentes ao seguimento de desenvolvimento de software, é mais comum encontrarmos uma estrutura mais voltada a projetos, são as chamadas estruturas projetizadas. Geralmente, estas empresas projetizadas possuem um escritório de projetos onde são estabelecidos os padrões relacionados ao gerenciamento de projetos tais como metodologias, ferramentas, modelos, entre outros.

Iremos explorar, neste artigo, uma visão geral sobre o papel dos escritórios de projetos, dos responsáveis pelos escritórios de projetos, conhecidos como executivos de projeto ou PMOs, suas funções, seus papéis frente às organizações. Faremos também a análise de alguns importantes relatórios emitidos por instituições muito bem reconhecidas no mercado como a ESI International e a Version One.

A ESI Internationl elaborou um estudo sobre a situação geral dos escritórios e executivos de projetos (PMOs) ao redor do mundo, demonstrando o que mudou no ano de 2013 em relação ao ano de 2012. Em linhas gerais, o estudo da ESI representa o que os PMOs vem enfrentado e seus principais desafios em termos de futuro.

A Version One emite um relatório anual sobre um estudo a respeito da situação da adoção das metodologias ágeis por empresas de diversos tamanhos ao redor do mundo. Este estudo busca responder questões tais como o aumento ou a redução de eficiência percebida nos projetos, através da compilação e apresentação de quadros explicativos expondo os números percentuais das opiniões das pessoas pesquisadas neste estudo. Outros e relevantes assuntos são tratados de forma objetiva apontados neste estudo o qual o torna uma fonte de informação muito rica para apoiar a tomada de decisão, principalmente para aquelas empresa que ainda não optaram ou ainda não se decidiram por adotarem uma metodologia ágil.

Com o advento da popularização das metodologias ágeis e uma crescente demanda em sua adoção, as empresas do ramo de desenvolvimento de software precisam adequar-se a esta nova realidade. Em empresas de menor porte, a adoção por um novo método é, sem dúvida, mais rápido e fácil do que em uma empresa de maior porte.

Uma empresa de maior porte precisa de maiores e mais precisos controles sobre o andamento de seus projetos. Em empresas deste tipo, geralmente optaram por criar uma estrutura projetizada, a área de projetos é vista com grande relevância e deve estar alinhada com as estratégias da empresa. É de responsabilidade do executivo de projetos tornar esse alinhamento possível e garantir que os projetos sejam concluídos conforme tais expectativas.

Os executivos de projetos, dentro dos escritórios de projetos, também são responsáveis pela criação e manutenção da metodologia de projetos da empresa, eles devem promover uma melhoria contínua nos processos que compõem a metodologia de projetos da empresa. Optar por adotar uma metodologia ágil requer uma importante e decisiva participação dele. Neste artigo veremos quais são as principais barreiras e preocupações encontradas as quais impedem ou dificultam a adoção dos métodos ágeis. Por outro lado, este artigo também abordará os ganhos percebidos pelas empresas que optaram em adotá-los.

Escritório de Projetos (PMO)

Em organizações focadas em projeto, também conhecidas por possuírem uma estrutura organizacional projetizada, entende-se que o corpo diretor adotou e compreende a necessidade de criar, planejar, executar, monitorar e concluir projetos os quais, geram resultados tangíveis, estratégicos e que agregam valor ao negócio ou atividade fim da empresa. Desta forma, existe um compromisso entre todos da empresa em garantir que estes projetos sejam concluídos e de forma satisfatória. Satisfatório é, tão somente, classificado aquele projeto o qual cumpriu seu escopo, dentro de um prazo e custo planejado, com a qualidade esperada pelo solicitante.

A profissionalização das equipes de projeto é, certamente, o meio mais seguro de garantir que as equipes obtenham sucesso em seus projetos. O PMI oferece diversas certificações conforme o nível de escolaridade e de experiência do profissional de projetos. Citaremos algumas das mais conhecidas e, lembrando que não se limitam a apenas estas:

  • Certificação PMP – Profissional de Gerenciamento de Projetos (PMP);
  • Certificação CAPM – Profissional Técnico Certificado em Gerenciamento de Projetos;
  • Certificação PgMP – Profissional de Gerenciamento de Programas;
  • Certificação PMI-SP – Profissional em Gerenciamento de Cronograma do PMI;
  • Certificação PMI-RMP – Profissional em Gerenciamento de Riscos do PMI;
  • Certificação PMI-ACP – Profissional Certificado em Métodos Ágeis do PMI.

Ter bons profissionais, com conhecimento (habilidades e técnicas), experiência e certificações, aliado ao apoio da direção da empresa pode ainda não ser suficiente. Empresas voltadas a projetos, por necessidade, precisam ser eficientes em diversos aspectos e, a racionalização de recursos (sejam materiais ou humanos) é uma das formas mais eficazes para controle dos custos de um projeto, afinal de contas, um projeto é conduzido por pessoas (recursos) e, na maioria das vezes, representam o maior custo e risco de um projeto."

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