Artigo SQL Magazine 67 - Oracle RAC - Parte 1
Artigo publicado Revista SQL Magazine 67.
Oracle RAC
Instalação - Parte 1
O Oracle RAC (Real Aplication Clusters) suporta a implementação de uma base de dados que pode ser acessada por vária instâncias, em um Cluster (Nota DevMan 1) de servidores, fornecendo tolerância a falhas.
Nota DevMan 1. Cluster
Um cluster, ou aglomerado de computadores, é formado por um conjunto de computadores, que utiliza um tipo especial de sistema operacional classificado como sistema distribuído.
Muitas vezes é construído a partir de computadores convencionais (personal computers), os quais são ligados em rede e comunicam-se através do sistema, trabalhando como se fossem uma única máquina de grande porte.
Como DBAs, temos acompanhado a crescente importância do RAC, implementada em um grande número de ambientes, pois a adoção do Oracle RAC aumentou muito nos últimos anos.
O Oracle RAC, em 2009, passou a ser considerado Mainstream (tendência) pelo Gartner Group (http://mediaproducts.gartner.com/reprints/oracle/article61/article61.html).
Em todo o mundo, clientes adotaram os recursos de Clusters de bancos de dados para obter escalabilidade e alta disponibilidade, requisitos básicos para rodar grandes aplicativos corporativos de missão crítica. Na prática, o Oracle RAC permite que aplicativos de bancos de dados de mercado, ou mesmo personalizados, possam rodar em vários servidores interconectados, isto é, "em Cluster", sem a necessidade de serem customizados ou alterados.
O Oracle RAC não é novo, embora tenha trocado de nome algumas vezes. A primeira implementação chamava-se Oracle Parallel Server, e foi disponibilizada na versão 6.0.35 para VAX / VMS. A versão 7.0.16 do Oracle Parallel Server se mostrou um pouco mais estável, e passou a ser utilizada em clientes de maior porte.
Várias mudanças ocorreram até a versão 8i, onde o Parallel Cache Manager - mecanismo de compartilhamento de cache entre as instâncias - foi substituído pelo Cache Fusion, que por sua vez foi substituído pelo Cache Fusion II no Oracle 9i.
Até então, o Oracle RAC precisava de um software de Cluster proprietário (e caro) para funcionar, o que limitada sua ampla adoção.
No Oracle 10g Release 1, (o “g” vem de Grid, do qual o RAC é a peça fundamental), a Oracle passou a comercializar para Linux sua própria versão estável de software de Clusters, o Cluster Ready Services. No Oracle 10g Release 2, o CRS passou a chamar-se Oracle Clusterware (Nota DevMan 2), que é o que utilizaremos neste artigo.
Nota DevMan 2. Oracle Clusterware
Oracle Clusterware é um software de cluster portável que agrupa servidores individuais para que cooperem como um único sistema. Componente fundamental do Oracle Real Application Clusters, o Oracle Clusterware pode operar de forma independente e ajuda a assegurar a proteção de um aplicativo, seja da Oracle ou de terceiros.
O Oracle Clusterware possibilita a alta disponibilidade, um componente essencial da continuidade dos negócios, para aplicativos e bancos de dados gerenciados no ambiente de cluster – incluindo bancos de dados Oracle de uma única instância, Oracle Application Server, componentes do Oracle Enterprise Manager, bancos de dados de outros fornecedores e outros aplicativos.
Além do Clusterware, outras inovações do 10g tornaram o uso do Oracle RAC mais atraente ainda para uso em ambiente produtivo:
· VIP - Virtual IP, ou IP virtual: é o endereço IP Virtual de cada ponto do Cluster. Se um Nó cair, outro Nó assume também seu VIP, e os clientes não percebem a queda, pois acessam o Banco pelos VIPs, e não pelos endereços IPs reais;
· ASM - Automatic Storage management: é o filesystem da Oracle, específico para utilização em Bancos de Dados, com grandes vantagens em desempenho e maior flexibilidade e facilidade de administração;
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