Usando Oracle Internet Directory no lugar de TNSNames.ora

O OID � Oracle Internet Directory � um serviço de diret�rio LDAP (Nota DevMan 1) nativo que pode ser utilizado para fornecer um reposit�rio centralizado para autenticaç�o e registro de serviço de rede. Neste artigo, cobriremos a instalaç�o e configuraç�o b�sica para que possamos utiliz�-lo no lugar do tradicional tnsnames.ora (Nota DevMan 2).

Nota: LDAP - Lightweight Directory Access Protocol

O LDAP, ou Lightweight Directory Access Protocol (Protocolo Leve de Acesso a Diret�rio) � um protocolo para consultar e modificar serviços de diret�rio sobre o protocolo TCP/IP.

Um diret�rio � um conjunto de objetos com atributos organizados de maneira l�gica e hier�rquica. O exemplo mais comum � um diret�rio de telefones, que consiste em uma s�rie de nomes (de pessoas ou organizaç�es) ordenados alfabeticamente, onde cada nome possui um endereço e n�mero de telefone associado.

Uma �rvore de diret�rio LDAP reflete tamb�m v�rias delimitaç�es: geogr�fico, pol�tico e/ou organizacional, dependendo do modelo escolhido. Atualmente, implementaç�es LDA tendem a utilizar DNS � Domain Name System � para estruturar o n�vel mais alto da hierarquia. Aprofundando-se na hierarquia, o diret�rio pode parecer entradas representando pessoas, unidades organizacionais, impressoras, grupos de pessoas ou qualquer outra coisa que represente uma entrada na �rvore de diret�rio (ou m�ltiplas entradas).

Saiba mais: Guia de Oracle

Nota: tnsnames.ora

O arquivo tnsnames.ora � um arquivo de configuraç�o que cont�m o mapeamento dos nomes de serviço de rede para os descritores de conex�o. Este arquivo pode ser mantido de maneira centralizada ou localmente, para ser usada por todos os clients (metodologia centralizada) ou por clients individuais (metodologia local). O arquivo tnsnames.ora � encontrado, por padr�o, em $ORACLE_HOME/network/admin em ambientes UNIX e ORACLE_HOME\network\admin em ambientes MS-Windows.

Conectando-se ao banco de dados

Temos algumas maneiras diferentes para efetuar a conex�o ao banco de dados Oracle. Vejamos abaixo:

TNSNAMES: � o m�todo mais comum, encontrado na maioria das empresas;
Oracle Names: N�o mais suportado nas vers�es atuais;
LDAP: Poss�vel atrav�s do OID - Oracle Internet Directory;
Hostname: N�o muito �til, mas tamb�m sendo uma opç�o;
JDBC: Usado por aplicaç�es Java;
Especificaç�o do endereço completo: N�o muito �til em termos de projeto de aplicaç�o, mas tamb�m � uma opç�o.

Agora imagine uma situaç�o em que voc� tenha 50 bancos de dados ou at� mais, como algumas companhias realmente tem, e que voc� tenha que manter o arquivo TNSNAMES.ORA sempre atualizado. Convenhamos que isso passa a ser uma tarefa um pouco complicada dependendo da maneira com que os clientes de banco de dados façam a conex�o.

Reposit�rio centralizado

A primeira ferramenta disponibilizada pela Oracle para a criaç�o de um reposit�rio centralizado para as entradas para os bancos de dados � o Oracle Names, por�m � uma metodologia n�o mais suportada nas vers�es mais recentes do banco de dados Oracle, mas ainda assim algumas empresas ainda o utilizam.

Como mencionado, o OID � muito mais que apenas uma maneira centralizada de registrar as entradas para os bancos de dados, ele pode ser utilizado para autenticaç�o de m�ltiplas aplicaç�es e bancos de dados.

� importante que voc� conheça a estrutura LDAP, o que n�o � o foco deste artigo, manteremos o foco apenas em outra maneira de manter todas as estaç�es cliente com a informaç�o mais atualizada poss�vel sobre o nosso ambiente e, � claro, queremos fazer isso da maneira mais simples poss�vel.

Mas afinal, como � que isso vai funcionar se n�o mais utilizaremos o arquivo tnsnames.ora? Observe a Figura 1.

Figura 1. Estrutura do Servidor OID (OID Server)

Como podemos ver na Figura 1, quando uma conex�o ao banco de dados � feita utilizando o SQL*Plus ou qualquer outra ferramenta no lado cliente, ele ir� procurar pelo banco de dados no servidor OID e, caso encontre, o cliente receber� todas as informaç�es necess�rias para a conex�o ao banco de dados em quest�o.

Com o TNSNAMES.ORA e o Oracle Names, � exatamente o que acontece, a diferença � que o arquivo tnsnames.ora precisa estar presente em cada estaç�o cliente, ou apontar para uma pasta compartilhada na redel. O Oracle Names tamb�m faz a mesma coisa, por�m n�o � mais suportado por n�o ter a mesma segurança e escalabilidade que o OID oferece.

Configurando o cliente para utilizar o OID

Para configurar uma estaç�o cliente para utilizar o OID, precisamos na verdade configurar alguns arquivos:

SQLNET.ORA � Este arquivo � respons�vel em definir qual o m�todo que estamos utilizando, podemos tamb�m especificar mais de um m�todo, permitindo que, em caso de falha, ele possa escolher e utilizar o outro m�todo;
LDAP.ORA � Este arquivo especifica qual o servidor do OID.

A Listagem 1 apresenta um exemplo do conte�do do arquivo SQLNET.ORA.

 
SQLNET.AUTHENTICATION_SERVICES = (NTS)
NAMES.DIRECTORY_PATH = (LDAP,TNSNAMES)
TRACE_LEVEL_CLIENT = SUPPORT 
trace_level_client = 16
trace_timestamp_client = true
trace_unique_client = true
trace_directory_client = c:\Temp\sql_client_trace

Listagem 1. Conte�do do arquivo SQLNET.ORA

Como podemos ver na Listagem 1, o par�metro NAMES.DIRECTORY_PATH � onde podemos definir quais os m�todos que iremos utilizar. No nosso exemplo o primeiro m�todo a ser utilizado � o LDAP e, caso ocorra algum problema, a conex�o ser� direcionada para utilizar o TNSNAMES.ORA.

Vejamos agora, na Listagem 2, a configuraç�o do segundo arquivo, o LDAP.ORA.


DIRECTORY_SERVERS = (oid01:389:636)
DEFAULT_ADMIN_CONTEXT = "dc=dbabrain,dc=com"
DIRECTORY_SERVER_TYPE = OID

Listagem 2. Conte�do do arquivo LDAP.ORA

Analisando o conte�do da Listagem 2, observamos os seguintes par�metros:

DIRECTORY_SERVERS: Especificamos aqui o nosso servidor OID e as portas em que ele est� �escutando�;
DEFAULT_ADMIN_CONTEXT: Este � o contexto onde criamos as entradas para o banco de dados, o conceito de contexto � bastante explicado quando estudamos a estrutura do LDAP;
DIRECTORY_SERVER_TYPE: � neste par�metro que definimos o tipo de diret�rio que ser� utilizado. O Oracle pode utilizar outro servidor LDAP, como o Microsoft Internet Directory, por exemplo.

Pronto, agora j� temos toda a configuraç�o do lado cliente completa. Agora o cliente j� est� habilitado a encontrar qualquer banco de dados que esteja configurado no servidor de diret�rios.

Instalando o OID

Vamos iniciar a instalaç�o do Oracle Internet Directory. Em primeiro lugar, � necess�rio fazer o download do Oracle Application Server 10g, o OID � parte integrante deste aplicativo.

Neste artigo, utilizamos a vers�o para Linux liberada em 4 CDs, o Oracle Application Server 10g Release 2 (10.1.2.0.2).

Antes de iniciar o processo de instalaç�o, recomendo a leitura do guia de instalaç�o para verificar as depend�ncias do sistema operacional.

Recomendamos ainda que voc� use uma ferramenta fornecida pela pr�pria Oracle para verificar todos os pr�-requisitos antes que inicie a instalaç�o de qualquer produto Oracle.

Bem, ap�s ter executado com sucesso todas as configuraç�es pr�vias, execute o arquivo runInstaller que pode ser encontrado no Disco 1.

A Figura 2 apresenta a primeira tela logo ap�s executar o runInstaller. Apenas especifique o caminho que voc� deseja utilizar.

Figura 2. Especificando a localizaç�o de instalaç�o

Agora, conforme Figura 3, devemos selecionar a segunda opç�o de instalaç�o: Oracle Application Server Infrastructure.

Figura 3. Seleç�o do produto a ser instalado

Agora, na tela da Figura 4, devemos escolher Identity Management and Metadata Repository, que � exatamente onde um banco de dados 10.2.0.4.2 ser� criado para armazenar os dados de nosso diret�rio.

Figura 4. Seleç�o do tipo de instalaç�o

Neste ponto, o Oracle ir� verificar todas as depend�ncias e, em caso de qualquer falha, pare a instalaç�o e corrija o problema. Ap�s tudo certo, reinicia a instalaç�o (Figura 5).

Figura 5. Verificaç�o das depend�ncias

E, conforme Figura 6, ser� necess�rio que voc� tenha acesso ao usu�rio root.

Figura 6. Acesso ao usu�rio root necess�rio

Na pr�xima tela (Figura 7), voc� dever� escolher os componentes que dever�o ser instalados. Selecione os componentes:

Oracle Internet Directory: um banco de dados Oracle baseado no servidor de diret�rios LDAP V3, utilizado para centralizar a autenticaç�o de usu�rios, conector da rede Oracle Net e os par�metros do listener.
Oracle Application Server Single Sign-On: Single Sign-On permite que voc� seja autenticado apenas uma vez, combinado com uma autenticaç�o ocorrendo de maneira transparente para as pr�ximas conex�es a outros bancos de dados ou aplicaç�es. Ele permite que voc� acesse v�rias contas e aplicaç�es com uma �nica senha, inserida durante uma �nica conex�o;
Oracle Application Server Delegated Administration Service: Ele � parte do OID, que fornece uma administraç�o confi�vel, baseado em proxy (Nota DevMan 3), das informaç�es do diret�rio para usu�rios e administradores das aplicaç�es;
Oracle Application Server Directory Integration Platform: O Oracle Directory Integration Platform permite a voc� reduzir o tempo de administraç�o e custo de integraç�o dos aplicativos e diret�rios, incluindo diret�rios LDAP de terceiros com o OID.

Figura 7. Selecionando opç�es de configuraç�o

Em ci�ncia da computaç�o, proxy � um servidor que atende a requisiç�es repassando os dados a outros servidores. Um usu�rio (cliente) conecta-se a um servidor proxy, requisitando algum serviço, como um arquivo, conex�o, website, ou outro recurso dispon�vel em outro servidor.

Um servidor proxy pode, opcionalmente, alterar a requisiç�o do cliente ou a resposta do servidor e, algumas vezes, pode disponibilizar este recurso sem nem mesmo se conectar ao servidor especificado. Pode tamb�m atuar como um servidor que armazena dados em forma de cache em redes de computadores. S�o instalados em m�quinas com ligaç�es tipicamente superiores �s dos clientes e com poder de armazenamento elevado.

Esses servidores t�m uma s�rie de usos, como filtrar conte�do, providenciar anonimato, entre outros.

Um HTTP caching proxy, por exemplo, permite que o cliente requisite um documento na World Wide Web e o proxy procura pelo documento em seu cache. Se encontrado, o documento � retornado imediatamente. Caso contr�rio, o proxy busca o documento no servidor remoto, entrega-o ao cliente e salva uma c�pia no seu cache. Isso permite uma diminuiç�o na lat�ncia, j� que o servidor proxy, e n�o o servidor original, � acessado, proporcionando ainda uma reduç�o do uso de banda.

O pr�ximo passo � escolher as portas que ser�o usadas para o LDAP. Em nosso caso, escolhemos a opç�o �autom�tico�, como mostrado na Figura 8.

Figura 8. Especificando a configuraç�o de portas

Defina o Namespace (Nota DevMan 4) onde todo o conte�do ser� armazenado. O nome sugerido ser� baseado no seu nome de dom�nio (Domain Name � Nota DevMan 5). Em nosso caso, definimos um namespace como �dbabrain� e �com�, conforme mostra a Figura 9.

Figura 9. Especificando o Namespace

Em geral, um namespace � um �recipiente� abstrato que fornece um contexto para determinados itens (nomes, termos t�cnicos ou palavras) que mant�m e permite que objetos contidos em diferentes namespaces possuam o mesmo nome.

Por definiç�o, nomes em um namespace n�o podem conter mais de um significado, o que significa dizer que duas ou mais �coisas� n�o podem compartilhar o mesmo nome.

Saiba mais: Curso de Oracle

Um namespace tamb�m � conhecido como �contexto�, pois o significado de um nome pode mudar dependendo do namespace em que ele faça parte.

Nomes podem representar objetos ou mesmo conceitos. Como exemplo, podemos citar uma tabela e uma vis�o (view), que n�o podem ser criados com o mesmo nome no banco de dados Oracle, pois s�o dois objetos contidos no mesmo namespace. J� um �ndice pode ser criado com o mesmo nome de uma tabela, uma vez que s�o objetos de namespaces diferentes.

O DNS (Domain Name System - Sistema de Nomes de Dom�nios) � um sistema de gerenciamento de nomes hier�rquico e distribu�do operando segundo duas definiç�es:

Examinar e atualizar seu banco de dados.
Resolver nomes de dom�nios em endereços de rede (IPs).

O sistema de distribuiç�o de nomes de dom�nio foi introduzido em 1984 e com ele os nomes de hosts residentes em um banco de dados pode ser distribu�do entre servidores m�ltiplos, diminuindo assim a carga em qualquer servidor que prov� administraç�o no sistema de nomeaç�o de dom�nios. Ele baseia-se em nomes hier�rquicos e permite a inscriç�o de v�rios dados digitados al�m do nome do host e seu IP. Em virtude do banco de dados de DNS ser distribu�do, seu tamanho � ilimitado e o desempenho n�o degrada tanto quando se adiciona mais servidores nele.

Na pr�xima tela (Figura 10) defina o nome global e o SID para o banco de dados.

Figura 10. Definindo o nome do banco de dados

Ser� solicitado tamb�m (Figura 11) que voc� defina a senha para as contas administrativas.

Voc� pode escolher entre definir senhas diferentes para cada conta administrativa ou usar a mesma senha para todas estas contas, que foi a nossa escolha.

Figura 11. Definindo a senha para as contas administrativas

Um website para administraç�o ser� implementado e para isso, devemos especificar o nome para a inst�ncia web e tamb�m a senha para o usu�rio administrador do IAS (IAS_ADMIN), que � outro usu�rio que veremos mais adiante. O nome deste usu�rio � ORCLADMIN. Veja, na Figura 12, que definimos o nome de nossa inst�ncia web como dbabrain_ias.

Figura 12. Definindo o nome da inst�ncia web e a senha o administrador do IAS

E finalmente � apresentada uma tela (Figura 13) contendo toda a configuraç�o feita e os produtos que ser�o instalados. Basta clicar em �Install� e a instalaç�o ser� iniciada.

Figura 13. Iniciando a instalaç�o

Ao final do processo de instalaç�o, ser� requisitado que voc� execute um script utilizando o usu�rio root. Ap�s isso, a instalaç�o estar� completa.

Iniciando o servidor LDAP

Agora que j� criamos nosso servidor LDAP e toda a sua infra-estrutura, primeiramente temos que iniciar o banco de dados e o listener, conforme Listagem 3.


 $ export ORACLE_HOME=/oracle/OraHome_1
 $ export ORACLE_SID=dbabrain
 $ lsnrctl start
 
 LSNRCTL for Linux: Version 10.2.0.3.0 - Production on 21-APR-2009 16:59:29
 
 Copyright (c) 1991, 2006, Oracle. All rights reserved.
 
 Starting /oracle/OraHome_1/bin/tnslsnr: please wait...
 
 TNSLSNR for Linux: Version 10.2.0.3.0 - Production
 System parameter file is /oracle/OraHome_1/network/admin/listener.ora
 Log messages written to /oracle/OraHome_1/network /log/listener.log
 Trace information written to /oracle/OraHome_1/network/trace/listener.trc
 Listening on: (DESCRIPTION=(ADDRESS=(PROTOCOL=tcp)(HOST=125.15.32.13)(PORT=1521)))
 
 Connecting to (ADDRESS=(PROTOCOL=TCP)(HOST=125.15.32.13)(PORT=1521)(QUEUESIZE=100))
 STATUS of the LISTENER
 ------------------------
 Alias LISTENER
 Version TNSLSNR for Linux: Version 10.2.0.3.0 - Production
 Start Date 21-APR-2009 16:59:29
 Uptime 0 days 0 hr. 0 min. 0 sec
 Trace Level support
 Security ON: Local OS Authentication
 SNMP OFF
 Listener Parameter File /oracle/OraHome_1/network/admin/listener.ora
 Listener Log File /oracle/OraHome_1/network/log/listener0.log
 Listener Trace File /oracle/OraHome_1/network/trace/listener0.trc
 Listening Endpoints Summary...
  (DESCRIPTION=(ADDRESS=(PROTOCOL=tcp)(HOST=125.15.32.13)(PORT=1521)))
 Services Summary...
 Service "DBABRAIN" has 1 instance(s).
  Instance "DBABRAIN", status UNKNOWN, has 1 handler(s) for this service...
 The command completed successfully
 
 $ sqlplus /nolog
 
 SQL*Plus: Release 10.2.0.3.0 - Production on Tue Apr 21 17:05:54 2009
 
 Copyright (c) 1982, 2006, Oracle. All Rights Reserved.
 
 SQL> conn / as sysdba
 Connected to an idle instance.
 SQL> startup
 ORACLE instance started.
 
 Total System Global Area 197132288 bytes
 Fixed Size 1248044 bytes
 Variable Size 142607572 bytes
 Database Buffers 46137344 bytes
 Redo Buffers 7139328 bytes
 Database mounted.
 Database opened.
 SQL>

Listagem 3. Iniciando o banco de dados e o listener

Pronto, nosso banco de dados e listener j� est�o no ar. Agora vamos iniciar o servidor LDAP. Para isso, execute o script opmnctl, que pode ser localizado em $ORACLE_HOME/opmn/bin, conforme mostra a Listagem 4.


 $ cd $ORACLE_HOME/opmn/bin
 
 $ -- Para iniciar o servidor LDAP
 $ ./opmnctl startall
 
 $ -- Para finalizar o servidor LDAP
 $ ./opmnctl stopall
 
 $ -- Para verificar o status do servidor LDAP
 $ ./opmnctl status

Listagem 4. Utilizando o script opmnctl e suas opç�es

Podemos tamb�m iniciar o servidor LDAP manualmente, sem a utilizaç�o do script.

Para isso, precisamos iniciar dois processos: oid monitor e oidldapd, conforme Listagem 5.


 $ -- Iniciando o processo oid monitor
 $ oidmon connect=dbabrain start
 
 $ -- Iniciando o processo oidldapd
 $oidctl connect=dbabrain server=oid01 instance=1 configset=1 start

Listagem 5. Inciando o servidor LDAP manualmente

O par�metro connect � usado para especificar o nome do banco de dados do OID. No nosso caso, dbabrain.

Podemos agora verificar se tudo est� OK. Os comandos da Listagem 6 s�o usados para verificar se o OID est� �escutando� as portas especificadas.


 $ORACLE_HOME/bin/ldapbind -p 389
 $ORACLE_HOME/bin/ldapbind -p 636 -U 1

Listagem 6. Verificando se o OID est� �escutando� as portas especificadas

Caso n�o tenha utilizado as portas padr�o, voc� pode verificar quais s�o essas portas no arquivo $ORACLE_HOME/install/portlist.ini

Criando os serviços e testando a conx�o

J� temos o nosso OID em execuç�o, podemos agora criar os serviços de banco de dados e testar a conex�o.

Podemos fazer os testes de conex�o de duas maneiras: atrav�s de ferramentas de linha de comando ou atrav�s de ferramentas gr�ficas.

Para iniciar a ferramenta gr�fica, use o comando netmgr, ou voc� pode ainda utilizar qualquer ferramenta cliente que j� possua o sqlnet.ora e o ldap.ora configurados.

A Figura 14 mostra a tela inicial do Net Manager.

Figura 14. Tela inicial do Net Manager

Clique em Directory e Service Naming, e ent�o efetue o login (Figura 15).

A conta administrativa � cn=orcladmin e a senha � a mesma que voc� especificou durante o processo de instalaç�o.

Figura 15. Efetuando o login no Net Manager

Ap�s efetuar o login, voc� ter� acesso � lista de entradas de bancos de dados dispon�veis, no nosso caso, ainda nenhum.

Para adicionar uma nova entrada, � necess�rio apenas clicar no �cone �+� e preencher os campos que ir�o aparecendo. O primeiro campo � o Service Name, que � o nome do serviço ou do banco de dados. Iremos adicionar um banco de dados chamado TEST11G, cujo nome do servidor � DBABRAIN01 e a porta TCP/IP � a 1530. A Figura 16 mostra o processo.

Figura 16. Adicionando um banco de dados no Net Manager

Neste momento temos toda a configuraç�o pronta. Ap�s completar os passos mostrados na Figura 16, o seu Net Manager dever� parecer como o da Figura 17, por�m com apenas as entradas que voc� configurou.

Figura 17. Bancos de dados adicionados ao Net Manager

Neste momento, qualquer cliente que tenha configurado o sqlnet.ora e ldap.ora, que apontem para o seu servidor OID j� est�o aptos a conectar-se ao banco de dados.

Podemos efetuar o teste atrav�s do utilit�rio TNSPING e conectando-se atrav�s do SQL*Plus. Vejamos o processo na Listagem 6. Utilizamos o cliente instalado em um notebook com sistema operacional Windows, inclusive para comprovar que n�o estamos efetuando a conex�o diretamente de dentro do servidor.


 -- Utilizando o TNSPING
 H:\>tnsping test11g
 
 TNS Ping Utility for 32-bit Windows: Version 10.2.0.1.0 - Production on 13-AUG-2
 007 14:35:58
 
 Copyright (c) 1997, 2005, Oracle. All rights reserved.
 
 Used parameter files:
 C:\oracle\product\10.2.0\db_1\network\admin\sqlnet.ora
 
 Used LDAP adapter to resolve the alias
 Attempting to contact (DESCRIPTION=(ADDRESS_LIST=(ADDRESS=(PROTOCOL=TCP)
 (HOST=dbabrain01)(PORT=1530))) (CONNECT_DATA=(SERVICE_NAME=test11g)))
 OK (0 msec)
 
 -- Conectando-se atrav�s do SQL*Plus
 H:\>sqlplus system@test11g
 
 SQL*Plus: Release 10.2.0.1.0 - Production on Mon Aug 13 14:38:58 2007
 
 Copyright (c) 1982, 2005, Oracle. All rights reserved.
 
 Enter password:
 
 Connected to:
 Oracle Database 11g Enterprise Edition Release 11.1.0.6.0 - Production
 With the Partitioning, OLAP, Data Mining and Real Application Testing options
 
 SQL> select instance_name, hostname from v$instance;
 
 INSTANCE_NAME HOST_NAME
 ---------------- ------------------------------
 test dbabrain01

Listagem 6. Testando e efetuando a conex�o

Se voc� chegou at� aqui, perfeito. Agora voc� pode iniciar com a inserç�o de todos os seus bancos de dados no LDAP e parar de usar o tnsnames.ora.

Adicionando ou modificando uma entrada de banco de dados manualmente

Para adicionar ou modificar uma entrada de banco de dados no LDAP manualmente, utilize os comandos ldapadd e ldapmodify. Mas sinceramente, sugerimos que voc� se familiarize com a estrutura do OID antes de começar a utilizar estes comandos.

De qualquer forma, a Listagem 7 apresenta um exemplo de como adicionar uma entrada.


$ ldapadd -D "cn=orcladmin" -w 'password for oid' -h oid01 -p 389 -f 'filename'.ldif

Listagem 7. Adicionando uma entrada manualmente

Vejamos agora as opç�es utilizadas no comando da Listagem 7.

D: O DomainName do usu�rio do OID necess�rio para ligar ao diret�rio;
w: A senha do usu�rio definido na opç�o �D;
h: O nome do host ou o endereço IP do servidor OID;
p: O n�mero da porta usada para conectar-se ao servidor OID. A porta padr�o � a 389;
f: O caminho completo e nome do arquivo que cont�m as informaç�es que deseja adicionar.

O arquivo .ldif dever� conter a entrada que voc� quer adicionar ao LDAP. A Listagem 8 mostra um exemplo.


 dn: cn='db or service_name',cn=OracleContext,dc=dbabrain,dc=com
 objectclass: top
 objectclass: orclNetService
 cn: 'db or service name'
 orclnetdescstring: (DESCRIPTION=(ADDRESS_LIST=(ADDRESS=(PROTOCOL=TCP)(HOST='hostname')
 (PORT=1530)))(CONNECT_DATA=(SID='oracle SID')))

Listagem 8. Exemplo de conte�do do arquivo .ldif

Vejamos agora, na Listagem 9, o exemplo para adicionarmos um banco de dados chamado PROD.


 dn: cn=PROD,cn=OracleContext,dc=dbabrain,dc=com
 objectclass: top
 objectclass: orclNetService
 cn: PROD
 orclnetdescstring: (DESCRIPTION=(ADDRESS_LIST=(ADDRESS=(PROTOCOL=TCP)
 (HOST=prodserver01)(PORT=1530)))(CONNECT_DATA=(SID=prod)))

Listagem 9. Conte�do do arquivo .ldif para o banco de dados PROD

Consultando o reposit�rio

Uma outra grande utilidade do LDAP � que podemos utilizar o reposit�rio para efetuar consultas, como a apresentada na Listagem 10.


 SELECT replace(C.RDN,'cn=','')||'='||CHR(10)||D.ATTRVAL
  FROM ods.CT_DN C, ods.ds_attrStore D
  WHERE C.ENTRYID = D.ENTRYID
  AND C.ENTRYID IN (SELECT ENTRYID
  FROM ODS.DS_ATTRSTORE
  WHERE ATTRVAL='orclNetService')
  AND D.ATTRNAME='orclnetdescstring'
  ORDER BY C.ENTRYID;
 
 test11g=
 (DESCRIPTION=(ADDRESS_LIST=(ADDRESS=(PROTOCOL=TCP)(HOST=dbabrain01)
 (PORT=1530)))(CONNECT_DATA=(SERVICE_NAME=test11g)))

Listagem 10. Consultando o reposit�rio

Como voc� pode ver, o resultado da consulta efetuada ao reposit�rio LDAP � exatamente uma entrada para o banco de dados para o arquivo tnsnames.ora.

Voc� pode utilizar esta t�cnica para efetuar um backup da entrada para o banco de dados ou at� mesmo para criar o pr�prio arquivo tnsnames.ora e deix�-lo como uma opç�o de uso em caso de falha do seu LDAP.

Conclus�es

Como pudemos ver, a utilizaç�o do LDAP � uma opç�o bastante pr�tica e de extremo benef�cio no tocante a administraç�o de conex�es ao banco de dados.

Imagine uma situaç�o em que seja necess�rio alterar alguma informaç�o de conex�o de um banco de dados existente ou mesmo adicionar um novo banco de dados, o tradicional uso do tnsnames, na maioria das vezes, faz com que todas as estaç�es de trabalho tenham que ser atualizadas.

A centralizaç�o deste serviço, al�m de facilitar muito a administraç�o, se torna transparente aos usu�rios das aplicaç�es.

Na verdade h� muito mais a ser dito sobre o Oracle Internet Directory, mas com esta introduç�o feita neste artigo voc� j� ter� muito com o que �brincar� e tamb�m estar� habilitado a tornar sua pr�pria vida um pouco mais f�cil com relaç�o � administraç�o do tns.

Refer�ncias:

Saiu na DevMedia!

S�rie: React com Redux:
Redux � uma biblioteca JavaScript criada pelo Facebook para resolver um problema inerente de aplicaç�es front-end conforme elas crescem em tamanho e complexidade.

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Artigo SQL Magazine 66 - Usando Oracle Internet Directory no lugar de TNSNames.ora

Neste artigo, cobriremos a instalação e configuração básica para que possamos utilizá-lo no lugar do tradicional tnsnames.ora.