Artigo Java Magazine 71

De que se trata o artigo:

Apresentaç�o de um conjunto de dicas e macetes de otimizaç�o para aplicaç�es Java ME, al�m da introduç�o das ferramentas de monitoraç�o de mem�ria/desempenho, dispon�veis na plataforma. Neste artigo, as dicas s�o apresentadas de forma clara, com n�meros reais, que comprovam a sua efetividade.

Para que serve:

Proporcionar uma apresentaç�o objetiva de algumas valiosas dicas sobre otimizaç�o de aplicaç�es Java ME. Esta apresentaç�o concede ao leitor uma s�rie de alternativas simples, mas efetivas, na busca por melhores resultados, em termos de mem�ria e velocidade de processamento, de suas aplicaç�es.

Em que situaç�o o tema � �til:

No momento em que percebemos que o desempenho de nossa aplicaç�o precisa melhorar, pois o seu tempo de resposta n�o est� sendo como esperado. Para isto, o conhecimento das ferramentas de monitoraç�o nos permitir� encontrar esses �gargalos� com mais facilidade, enquanto que as t�cnicas (dicas e macetes) nos possibilitar�o desenvolver alternativas que ir�o contornar e resolver os problemas encontrados.

Tuning ME:

Para deixar o nosso autom�vel mais potente, sempre recorremos �s oficinas mec�nicas para que possamos identificar as peças certas a serem ajustadas e/ou modificadas, a fim de obtermos o resultado desejado. O mesmo acontece com o software. Quando este precisa ser mais eficiente, identificamos as partes do c�digo que est�o lentas, para ent�o, desenvolvermos uma soluç�o para resolver o problema.

O software pode sofrer tanto problemas de desempenho relacionados ao alto consumo de mem�ria, quanto relacionados � inefici�ncia do algoritmo em si, pois este pode possuir passos desnecess�rios para a conclus�o do seu resultado. Por isto � importante termos em mente algumas dicas e macetes de otimizaç�o. Assim podemos aplic�-las j� durante o desenvolvimento ou num momento posterior de refinamento de um trabalho j� conclu�do. Al�m disso, saber utilizar bem as ferramentas de monitoraç�o nos permite salvar um bom tempo na fase de identificaç�o dos �gargalos�.

Com um conjunto de dicas e ferramentas de otimizaç�o, podemos observar que as chances de surgimento de �gargalos� tendem a diminuir, devido a sua efetividade, pois os n�meros mostram este ganho. O objetivo � que este conhecimento seja solidificado de forma que a tarefa extra de desenvolvimento seja bem menor, e que desde a primeira vers�o do c�digo, este j� possua um desempenho satisfat�rio aos objetivos do software.

Gargalo: O �gargalo� � um determinado trecho de um processamento que demora muito para ser executado, afetando o tempo final de resposta de um processo.

A express�o Tuning (do Ingl�s, �afinaç�o�) consiste na pr�tica de modificar ou afinar as caracter�sticas de uma determinada coisa, a fim de se obter um melhor resultado dela. Atualmente, a utilizaç�o desta express�o pode ser encontrada em diversas �reas, como por exemplo, na automobil�stica. No Brasil, como em outros pa�ses, a pr�tica de �tunar� autom�veis, ou seja, modificar elementos de um autom�vel de linha, tem se difundido bastante.

O movimento Tuning, no mundo, ganhou muito mais força a partir de 2001, ap�s o lançamento do filme: �Velozes e Furiosos�.

Neste caso, estas modificaç�es podem ir desde simples elementos visuais (e.g. cor), chegando aos componentes mec�nicos (e.g. motor). A id�ia � transformar um autom�vel de visual e pot�ncia simples, num autom�vel mais bonito e potente.

Outra �rea em que o Tuning � bem presente � a de desenvolvimento de software. O software, � medida que evolui ou se suas demandas atuais aumentem, pode precisar sofrer modificaç�es, para que um novo objetivo seja atingido. H� tamb�m a situaç�o, onde durante o desenvolvimento de um novo software, algumas medidas j� devem ser tomadas pelo desenvolvedor, a fim de respeitar restriç�es impostas, muitas vezes, pelo ambiente de execuç�o. Por exemplo, o ambiente de execuç�o de um dispositivo m�vel � bem restrito em mem�ria e poder de processamento. Com isto, os desenvolvedores de aplicaç�es m�veis precisam ter sempre em mente que, todo o c�digo produzido por eles, deve usar o m�nimo de mem�ria e processamento poss�vel.

Neste artigo, mostraremos como os desenvolvedores Java ME podem construir c�digos mais perform�ticos, ou ent�o, �tunar� aquele velho algoritmo que anda consumindo muita mem�ria. Tamb�m veremos como as ferramentas de monitoraç�o de mem�ria e processamento (profilers), dispon�veis no Wireless Toolkit, Netbeans Mobility Pack e Java ME Platform SDK 3, podem nos ajudar, quando sentimos que o desempenho de nossa aplicaç�o precisa melhorar. Al�m de tudo isto, apresentaremos no final, uma tabela comparativa que mostra os n�meros de algoritmos n�o otimizados, em comparaç�o a outros j� otimizados com as dicas apresentadas.

Esqueça o Motor 2.0

Um ponto que sempre saliento antes de iniciar a falar sobre otimizaç�o em aplicaç�es m�veis, e principalmente quando falo com desenvolvedores rec�m chegados do �mundo� desktop ou web, � que a aqui, a est�ria � outra. A quantidade de mem�ria e poder de processamento s�o reduzidos, tendo em vista � miniaturizaç�o do hardware. Continuando a analogia, um dispositivo m�vel � como se fosse um autom�vel com um motor de 1000 cilindradas: compacto e com pouca pot�ncia.

No caso dos novos desenvolvedores, a ordem � esquecer a �farra� de criaç�o de objetos, abstraç�es, camadas, interfaces, etc. Uma s�rie de pr�ticas que exercemos, e que muitas vezes n�o geram problemas de desempenho, pois dispomos de alguns gigas de mem�ria em nossos computadores, mas se empregadas em ambientes restritos podem causar dores de cabeça.

No desenvolvimento de aplicaç�es m�veis, independente da plataforma utilizada, as preocupaç�es com o consumo de mem�ria e/ou CPU devem ser levados muito a s�rio, seja num simples algoritmo ou na arquitetura em si de uma aplicaç�o. Qualquer medida tomada durante o desenvolvimento, relacionado a estes dois fatores, far� com que as chances de surgimento de �gargalos� ou erros de falta de mem�ria, durante o ciclo de vida da aplicaç�o, diminuam. A id�ia � esquecer aquele potente motor 2.0, e se acostumar �s retomadas lentas, caracter�sticas dos autom�veis 1.0.

Design Compacto

A definiç�o da arquitetura de uma aplicaç�o m�vel, assim como a dos seus componentes, tamb�m deve levar em conta as restriç�es presentes num dispositivo m�vel. Ainda mais quando a linguagem de desenvolvimento utilizada � orientada a objetos, como � o caso da Java. Embora as cr�ticas �s linguagens OO j� tenham sido superadas quando se fala de aplicaç�es desktop ou web, a discuss�o ainda � pertinente para aplicaç�es m�veis." [...] continue lendo...

Artigo Java Magazine 71 - Tuning ME

Desenvolvendo Aplicações �Velozes e Furiosas� Veja dicas, macetes e ferramentas de como �tunar� a sua aplicação Java ME, a fim de tirar o melhor proveito, em desempenho e memória, do seu dispositivo móvel.