Artigo Java Magazine 66 - Construindo frameworks em Java

Artigo da Revista Java Magazine Edição 66.

Por que eu devo ler este artigo:Projeto e construção de frameworks. Neste artigo são apresentados os principais conceitos relativos a esse tipo de aplicação e é estudado o framework Jeha, uma ferramenta open source para tratamento de exceções. Fornecer a base para construção de frameworks. Esse tipo de aplicação é um dos melhores exemplos de reuso em orientação a objetos, e o entendimento dos seus conceitos permite ao desenvolvedor construir softwares mais robustos, reusáveis e flexíveis.

Softwares criados a partir de um framework são desenvolvidos mais rapidamente e com maior qualidade, já que esse tipo de aplicação permite reuso tanto de design quanto de código. Aprender a desenvolver e utilizar frameworks é uma tarefa que pode poupar tempo precioso do desenvolvedor e levá-lo a produzir melhores softwares.

No artigo são abordados os principais conceitos dos frameworks, e o Jeha – um framework que facilita o tratamento de exceções – é apresentado em detalhes, permitindo ao desenvolvedor entender como a aplicação foi implementada e como pode ser utilizada.

O artigo inclui explicações sobre os patterns utilizados e decisões de projeto tomadas durante o desenvolvimento do framework.

Frameworks são um dos temas mais interessantes da orientação a objetos. Esses tipos de softwares utilizam conceitos avançados do paradigma OO e, quando bem construídos, são capazes de poupar muito tempo e dinheiro, pois permitem reuso tanto de design quanto de código.

O Java talvez seja a linguagem que mais possui frameworks disponíveis e, sem dúvida, é uma das principais responsáveis pela popularização do tema. Conhecer os conceitos que embasam esse tipo de software ajuda o desenvolvedor a criar aplicações mais elegantes, robustas e reusáveis.

Como exemplo concreto destes conceitos, vamos analisar o design e programação do Jeha, um framework open source que automatiza o tratamento de exceções através de anotações.

Entendendo os conceitos

Frameworks são as killer applications da orientação a objetos e comprovam, na prática, o valor e a beleza dos conceitos que aprendemos nos livros.

A idéia pregada por esse tipo de software não é nova, e surgiu junto com a própria orientação a objetos. Como o próprio nome sugere, um framework é a “estrutura” de uma aplicação, ou seja, um conjunto de classes e interfaces projetado para encapsular o código comum a uma “família” de aplicações e assim fornecer uma solução pronta para problemas relativos a um domínio específico.

O uso de uma estrutura “pré-fabricada” facilita muito a tarefa do desenvolvedor, já que grande parte do sistema já se encontra codificada e testada, restando apenas tratar os pontos específicos. Além disso, softwares criados a partir de um framework são desenvolvidos mais rapidamente e com maior qualidade.

Complexidade

O desenvolvimento de um framework não é uma tarefa simples ou barata. Antes de tudo, é preciso conhecer detalhadamente o problema que se pretende resolver: o domínio do framework. Depois disso, deve-se projetar uma solução simples de ser aprendida e que, ao mesmo tempo, seja robusta, flexível e extensível. Por conta de todo custo inerente a esse trabalho, a construção de um framework só se justifica quando se tem certeza que ele será utilizado na criação de diversas aplicações.

As tarefas envolvidas na elaboração de um framework exigem maturidade tanto no negócio que será tratado quanto nos conceitos OO que serão utilizados no projeto. É essencial que o projetista possua experiência no tema em questão e já tenha participado da construção de diversas aplicações nesse mesmo domínio; só assim, ele será capaz de abstrair os elementos comuns a essas aplicações e criar uma solução que seja genérica, mas que possa ser facilmente especializada para atender às especificidades das diversas aplicações que serão criadas a partir do framework.

Reuso

Grande parte do trabalho existente no projeto de um framework consiste em identificar suas partes fixas (frozen spots) e variáveis (hot spots). As partes fixas definem a arquitetura e comportamento básicos da aplicação, assim como o relacionamento entre os seus componentes. Essas partes permanecem constantes para qualquer aplicação instanciada."

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