Artigo Engenharia de Software 15 - Linhas de Produtos de Software
A ênfase do artigo é dada aos conceitos iniciais da abordagem e a análise de domínio de características, uma das etapas principais para o estabelecimento das plataformas de produção.
Desenvolvimento
Linhas de Produtos de Software
Introdução, conceitos e desafios para sua adoção
De que trata o artigo:
Linhas de Produtos de Software é um novo paradigma da Engenharia de Software voltado à extrema utilização do reuso para a construção de famílias de produtos. A ênfase do artigo é dada aos conceitos iniciais da abordagem e a análise de domínio de características, uma das etapas principais para o estabelecimento das plataformas de produção.
Para que serve:
As Linhas de Produtos permitem que se estabeleça a infra-estrutura necessária para que uma família de produtos, aplicações que fornecem serviços parecidos, contudo, diferenciados, seja constituída para a construção rápida das aplicações.
Em que situação o tema é útil:
Para empresas que atuam em um segmento específico de mercado e, dentro dele, querem oferecer produtos mais diferenciados de acordo com o perfil de consumidores que possuem.
Não seria legal se para desenvolver uma aplicação de software precisássemos apenas escolher artefatos para que no final tivéssemos a aplicação funcionando? Um dos temas em maior evidência nos últimos anos é a Engenharia de Linhas de Produtos de Software (LPS), um paradigma para o desenvolvimento de aplicações, que traz como bandeira uma filosofia audaciosa para o conceito amplo de reuso. Aqui são apresentados conceitos introdutórios sobre este assunto e mencionados os desafios existentes nesse complexo universo. Neste artigo será tratado com mais ênfase a análise de domínio orientada a features.
A origem das Linhas de produtos
O conceito tradicional das linhas de produtos foi criado na indústria automobilística para substituir o modelo de fabricação existente na época no qual um produto era inteiramente produzido por uma única pessoa ou por um pequeno grupo delas. As linhas de produção introduziram o conceito de modularização, já que o trabalho poderia ser feito em “pedaços”, e possibilitava que os produtos fossem desenvolvidos em um tempo menor devido ao paralelismo das tarefas.
Este modelo de fabricação permitiu que mais clientes fossem atendidos, mas teve que ser adaptado para permitir a diferenciação dos produtos, já que até então, todos os carros tinham a mesma aparência e serviam a um determinado propósito. Era preciso adequar o modelo de fabricação para que fosse possível oferecer produtos diferenciados com a mesma rapidez de produção. O conceito de customização em massa (Figura 1) representou a possibilidade de atender a produção de bens em larga escala com base em perfis de consumidores. As fábricas passaram a projetar automóveis levando em consideração os segmentos de clientes e suas necessidades, o que ocasionou versões diferentes de um mesmo modelo de carro. Surge, então, a idéia das famílias de produtos."
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