Artigo Clube Delphi Magazine 97 - Sistema DataCar em OO

Nesse artigo veremos a geração das classes de nosso sistema DataCar, o que é Mapeamento Objeto-Relacional e a implementação de Relacionamentos.

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Boas Práticas - Mão na Massa - Mini-Curso - Expert

Sistema DataCar em OO

Aprenda a criar um sistema completo utilizando as metodologias de Orientação a Objetos – Parte 2

 

Nesse artigo veremos

·Geração das classes de nosso sistema DataCar;

·O que é Mapeamento Objeto-Relacional;

·Implementação de Relacionamentos.

Qual a finalidade

·Permitir a construção do núcleo do sistema.

Quais situações utilizam esses recursos?

·As classes criadas aqui farão parte do núcleo do sistema que será todo orientado a objetos. Aprenderemos que um sistema OO inicia-se pelas classes, diferentemente do que já estamos acostumados, ou seja, começar pelo banco de dados. Também veremos o padrão DAO.

 

 

Resumo do DevMan

Nesta parte do curso aprenderemos um pouco sobre mapeamento objeto relacional (O/R), persistência de dados e também sobre o padrão DAO.

 

Acredito que uma boa parte dos programadores de hoje em dia ainda desenvolvem suas aplicações de modo procedural ou procedimental. E isso é uma enorme barreira para quem deseja se aventurar e desenvolver sistemas totalmente orientados a objetos. Há um salto bastante enorme de conceito entre Programação Procedural e Programação Orientada a Objetos. O primeiro grande passo a se tomar é entender que um sistema OO nasce de classes e não do banco de dados como estamos acostumados a fazer em nosso dia-a-dia. Veremos em nosso sistema DataCar como romper essa barreira e entender completamente o ciclo de um software OO.

Na primeira parte do artigo vimos como criar e testar usando o DUnit nossa primeira classe do sistema. Nesta parte do artigo vamos abordar o seguinte problema: “como vamos salvar nossos objetos?”.  Solucionar essa dúvida implica entrar em dois assuntos, mapeamento objeto relacional e estratégia de persistência. Abordemos então o primeiro assunto.

 

Mapeamento objeto-relacional e desencontro objeto-relacional

O mapeamento objeto-relacional é, de forma resumida, a tarefa de se dizer a um sistema onde determinada classe será salva em um banco de dados relacional, como uma herança pode ser representada, como identificar um objeto dentro do SGBD.  Existe uma diferença entre classes e tabelas, a essa diferença dá-se o nome de (desencontro objeto-relacional ou impedância objeto-relacional).

Essencialmente a programação Orientada a Objetos é diferente da programação Orientada a Dados. Quando se programa pensando em objetos levamos em conta seu comportamento e seus dados, diferentemente em um desenvolvimento centrado a dados, levamos em conta apenas a melhor forma de se armazenar os dados, a lógica do negócio envolvido fica separada dos dados.

Mesmo tendo um banco de dados relacional podemos unir dados e comportamento em classes, isto através do mapeamento relacional.

 

A importância dos OIDs

Para minimizar o impacto do desencontro objeto-relacional, temos que manter um paralelo em alguns aspectos aos bancos de dados relacionais, a exemplo disso temos os OIDs, que são identificadores de objetos.

Como nossos objetos serão salvos em um banco relacional devemos disponibilizar uma forma de encontrá-los. Um OID identifica um único objeto em meio a tantos outros, ele representa a “chave-primária” do nosso banco relacional.

O uso de OIDs facilita a busca de objetos e também o relacionamento entre os objetos. Isso porque quando todas as tabelas utilizam o mesmo tipo de coluna para manter suas chaves, o desenvolvimento de código genérico para lidar com elas é facilitado.

Existem algumas considerações sobre as características de um OID:

·Um OID não deve ter significado para as regras de negócio: Existe um fato que pode passar despercebido ao modelarmos nossas tabelas. Qualquer coluna de uma tabela que tem significado para as regras do negócio, pode sofrer mudanças, isso porque as regras de negócio podem mudar. Colocar campos que contém significado como chaves é erro que deve ser evitado. Imaginem a situação onde para identificar uma venda é utilizado como chave primária um número que representa a Nota Fiscal. Inicialmente o número da nota fiscal contém apenas números, porém mudam-se as regras de negócio e agora o número de uma NF pode conter letras também. O tipo da coluna que armazena esse valor deverá ser mudado em todas as tabelas, seja onde é chave primária seja onde é chave estrangeira. Uma simples mudança de tipo torna-se um pesadelo. Sendo assim um OID não deve ter significado algum para os negócios, ele deve ser apenas um número seqüencial que identifica um único objeto em meio a outros;

·Nível de unicidade de um OID: Um outro fator que deve ser considerado ao utilizar OIDs está em sua unicidade, ele pode ser único para o universo todo de objetos, ou pode ser único apenas em meio à classe que pertence. Vamos explicar melhor. Você pode ter, por exemplo, um objeto Aluno que recebe um OID número 5400. Esse número é único em meio a todos os registros do banco de dados. Não existe outro registro com esse OID. Agora, o número 5400 pode também ser único apenas entre os objetos de tipo Aluno, existirão outros registros com esse número, porém pertencerão a outras tabelas/classes. Ao utilizar OIDs deve-se escolher entre essas duas opções, levando em consideração que se escolher a primeira, a coluna que conterá o valor do OID deverá suportar inteiros longos, isso porque você poderá ter bilhões, trilhões de registros em todo o banco de dados." [...] continue lendo...

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