Artigo Clube Delphi Edição 41 - Software para as massas
Artigo da Revista Clube Delphi Edição 41.
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Software para as massas
Desenvolvendo um utilitário de uso geral
A maioria dos desenvolvedores Delphi está acostumada a criar um tipo bastante específico de sistema: aplicações corporativas, como folha de pagamentos ou sistemas de controle de estoque. A maior parte desses softwares utiliza bancos de dados e tem um público bastante delimitado, restrito a alguns tipos de empresas, (ou a uma única empresa, no caso dos sistemas por encomenda), e visam principalmente o mercado nacional.
Por outro lado, os “utilitários de uso geral” são bastante diferentes, tanto nas suas características quanto no público alvo. Não são limitados a um público específico: tanto empresas como usuários comuns podem ser usuários; e raramente utilizam bancos de dados, geralmente usam soluções simples de armazenamento, que não necessitam de licenciamento e não apresentam grande dificuldade na instalação. O desenvolvimento de um utilitário de uso geral é muito diferente do desenvolvimento de um aplicativo empresarial, e suas dificuldades são também muito diferentes.
No meu caso, tive a oportunidade de desenvolver alguns utilitários para a revista americana PC Magazine. Neste artigo, descrevo os passos do desenvolvimento, mostrando algumas dificuldades encontradas e lições aprendidas. Na segunda parte do artigo, mostro soluções técnicas para alguns problemas específicos, encontrados no desenvolvimento do utilitário WMatch (www.pcmag.com/article2/0,4149,485522,00.asp).
O utilitário
O WMatch faz uma comparação entre dois diretórios, e mostra seus arquivos lado a lado, comparando aqueles que têm o mesmo nome, quanto à idade, tamanho ou conteúdo. A Figura 1 mostra o utilitário em ação.
Figura 1. Comparação de arquivos com o utilitário WMatch
Projeto e escopo
Ao contrário de aplicativos para empresas, nos quais a idéia vem de uma necessidade específica, muitas vezes o aplicativo de uso geral não é sugerido pela necessidade do cliente; ele é criado a partir de uma idéia ou, parafraseando Glauber Rocha, "Uma idéia na cabeça e um computador na mão".
No caso de se escrever um utilitário para uma revista, as especificações são discutidas com o editor responsável. Neste passo, é determinado o que o programa irá fazer – e o que não fará, ou seja, é definido o escopo do utilitário.
Não adianta fazer um “canivete suíço” pois, além disso aumentar o custo do aplicativo, estende ou inviabiliza o prazo de desenvolvimento. Quando você está desenvolvendo um shareware, existe uma certa flexibilidade, mas ao desenvolver para uma revista, o prazo deve ser cumprido à risca, devido a obrigações editoriais.
Além disso, aumentar muito o número de funções da ferramenta pode, por incrível que pareça, diminuir sua funcionalidade e sua utilidade: a maior parte dos usuários não precisa de todas os recursos, e um número excessivo de funcionalidades pode reduzir a facilidade de uso da ferramenta.
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