Aplica��es Java EE stateful � Revista Java Magazine 109

Do que se trata o artigo:

Neste artigo veremos como aplicaç�es Java EE stateful podem escalar bem, para serem utilizadas em ambientes controlados, como � o caso de aplicaç�es corporativas. Para isso, um caso de uso simplificado ser� implementado de forma stateful e sua carga e utilizaç�o de mem�ria ser�o mensurados.

Em que situaç�o o tema �til:

Aplicaç�es corporativas s�o geralmente executadas em ambientes com acesso controlado e n�mero de usu�rios conhecidos. Desta forma, a construç�o de aplicaç�es regidas pelo dom�nio ser� mais simples por envolver mais a equipe de desenvolvimento com os futuros usu�rios do sistema e conhecedores do dom�nio.

Aplicaç�es Java EE �stateful�:

Aplicaç�es corporativas constru�das na plataforma Java EE geralmente t�m a caracter�stica de ser stateless. Isto se deve muitas vezes ao estigma que foi criado sobre o Stateful Session Beans. Mas nos esquecemos de que utilizamos outros componentes stateful que podem gerar os mesmos problemas que os Stateful Session Beans em v�rias partes da plataforma, e �s vezes sem tomar conhecimento a respeito. Um exemplo s�o as sess�es web, que se tiverem abuso de utilizaç�o, podem gerar problemas maiores que os Beans, j� que os objetos nelas s�o guardados como mapas. Utilizando os padr�es de projeto corretos para cada necessidade de uma aplicaç�o, teremos o melhor dos dois mundos, stateless e stateful, sem efeitos colaterais e novos problemas.

No per�odo compreendido entre 1999 e 2004, muitas das pr�ticas da orientaç�o a objetos e da modelagem de dom�nio foram deixadas de lado pela comunidade de desenvolvimento Java corporativo e web, pelo advento da componentizaç�o provida pelo EJB nas suas vers�es 1 e 2, e pela modelagem baseada em cont�ineres. Mas felizmente, mudanças nas tecnologias e a troca de experi�ncias entre a comunidade de desenvolvedores, como mostrado no livro �Domain-Driven Design Quickly� de Abel Avram e Floyd Marinescu, possibilitaram a volta da correta aplicaç�o do paradigma orientado a objetos atrav�s do Projeto Orientado ao Dom�nio ou DDD (do ingl�s, Domain-Driven Design), proposto por Eric Evans em seu livro �Domain-Driven Design�.

Por�m, at� hoje, a grande maioria das aplicaç�es J2EE, e muitas novas aplicaç�es Java EE, utilizam o paradigma de orientaç�o a objetos apenas no mapeamento objeto-relacional, criando assim entidades an�micas. Estas s� mant�m os seus estados atrav�s de atributos de classe, enquanto os seus comportamentos s�o implementados fora das entidades, espalhados nas camadas de neg�cio e vis�o, na maioria das vezes de forma procedural.

A separaç�o entre estado e comportamento presente em entidades an�micas viola o princ�pio de encapsulamento da Orientaç�o a Objetos. Esta falta de encapsulamento acarreta na necessidade de acesso global aos estados da entidade, o que por sua vez aumenta o acoplamento entre as classes e camadas de serviços.

Mas, a partir da vers�o 5 da plataforma Java EE, e de tecnologias como JPA e CDI, a utilizaç�o de entidades an�micas e a implementaç�o de m�todos procedurais podem ser facilmente evitadas.

Neste artigo veremos como evitar o uso de entidades an�micas e camadas de serviços procedurais, implementando um caso de uso de emiss�o de notas fiscais, utilizando os padr�es de projeto Java EE Persistent Domain Object (PDO) e Gateway, apresentados no livro �Real World Java EE Patterns � Rethinking Best Practices�. Al�m de utilizar os recursos dispon�veis na arquitetura Java EE, como JPA, CDI e Stateful Session Beans como facilitadores para construir uma aplicaç�o regida pelo dom�nio.

Entidades an�micas vs. Orientaç�o a Objetos

O paradigma de orientaç�o a objetos � a forma mais abrangente de abstraç�o do mundo real para sistemas computacionais. Mas, para que esta abstraç�o funcione como esperado, � necess�rio seguir ao menos a premissa b�sica da orientaç�o a objetos de manter estado e comportamento juntos no mesmo objeto. Quando s�o utilizadas entidades an�micas, o estado e comportamento das classes est�o totalmente separados. O estado � representado pelos atributos de classe na entidade e o comportamento geralmente � implementado em diversos m�todos espalhados em classes distintas, que por sua vez podem estar contidas em mais de uma camada de serviços da aplicaç�o."

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Aplica��es Java EE stateful � Revista Java Magazine 109

Neste artigo veremos como aplicações Java EE stateful podem escalar bem, para serem utilizadas em ambientes controlados, como é o caso de aplicações corporativas.

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