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Existem muitas tarefas que executamos nos bancos de dados que escondem sua complexidade. Coisas que a primeira vista parecem triviais e, quando vamos executá-las, percebemos a necessidade de realizar também uma série de ações complementares que ninguém havia previsto.

Uma destas tarefas aparentemente triviais é a alteração da chave primária de uma tabela. Quando temos que realizar tal alteração, é comum vir um pensamento na cabeça: “é para isso que existe a declaração ALTER TABLE”.

Pode ser até que você já tenha passado por alguma experiência em que executou declarações semelhantes em ambiente de desenvolvimento e que não gastou mais do que 30 minutos entre planejamento, criação dos scripts e implementação.

OK, em ambiente de desenvolvimento as coisas costumam ser simples. As tabelas alteradas podem estar vazias ou então simplesmente contem dados que podem ser perdidos sem nenhum problema. Daí, basta escrever a declaração SQL!

Entretanto, não é assim em ambiente de produção. Em primeiro lugar, o cargo de DBA existe exatamente para garantir a segurança dos dados das nossas empresas. Com estas palavras nos referimos não apenas à segurança de acesso aos dados, evitando que pessoas não autorizadas possam ler/alterar dados do banco, mas também à segurança contra a perda de dados.

Neste artigo, apresento alguns cenários em que precisamos alterar chaves primárias em tabelas de produção... e claro, algumas estratégias usadas para realizar esta tarefa.

Exigências das Chaves Primárias

As chaves primárias são de extrema importância nas nossas tabelas. Em primeiro lugar, é boa prática que toda tabela tenha uma chave primária definida. A chave primária garante a existência de um identificador único na tabela, ou seja, não existirão dois registros na tabela que contenham o mesmo valor nos campos que compõe esta chave.

A PK pode ser simples, ou seja, baseada em um único campo, ou então composta, quando inclui vários campos. Por definição, uma tabela pode ter apenas uma chave primária (veja "